Empresas que operam consórcio Nosso Brusque devem demitir cerca de 30 funcionários

Em meio à crise grave durante a pandemia, pedido por auxílio da prefeitura brusquense aguarda na Justiça

Empresas que operam consórcio Nosso Brusque devem demitir cerca de 30 funcionários

Em meio à crise grave durante a pandemia, pedido por auxílio da prefeitura brusquense aguarda na Justiça

As empresas Santa Luzia e Santa Terezinha, que operam o consórcio Nosso Brusque, de transporte coletivo por ônibus no município, preveem a demissão de cerca de 30 funcionários. Desde o retorno das atividades após a pausa, a quantidade de usuários do transporte coletivo ofertado não chegou a 50% do que era antes da pandemia. Ao todo, já foram demitidos mais de 130 trabalhadores nos municípios de Brusque, Videira, Fraiburgo e Balneário Camboriú.

“Estamos buscando diariamente alternativas para que possamos manter o máximo dos nossos colaboradores junto a nós. Porém, a situação está insustentável, e nos vemos obrigados a tomar algumas decisões que nos entristecem demais”, comenta o diretor Artur Klann. Vários ônibus têm sido cada vez menos utilizados.

Com a demanda significativamente menor, a empresa chegou a pedir um auxílio à Prefeitura de Brusque, no valor de R$ 1,4 milhão, para poder manter as atividades a um nível que considere aceitável. Os pedidos feitos diretamente à prefeitura foram negados, e é aguardada uma decisão judicial.

“Realmente fizemos esta solicitação, tanto administrativamente como judicialmente. Esta é uma ação indenizatória que praticamente todas as empresas estão requerendo junto às prefeituras de quase todas as cidades. Infelizmente a situação se tornou insustentável, diante dos muitos dias paralisados e tambem pela baixa demanda desde o retorno de nossas atividades. Já recebemos uma resposta negativa com relação a solicitação feita administrativamente e agora aguardamos a decisão judicial”, completa.

Outros casos

No fim de agosto, a Justiça determinou que a Prefeitura de Blumenau custeasse as despesas da concessionária responsável pelo transporte coletivo na cidade durante a pandemia. No início de setembro, a prefeitura anunciou que pagará R$ 5 milhões à empresa.

Em Joinville, as empresas que prestam o serviço conseguiram uma liminar que obriga a prefeitura a compensar os prejuízos causados durante a pandemia. No mês passado, o município chegou a propor o repasse de R$ 7,5 milhões para compensar parte dos prejuízos, mas logo voltou atrás, desistindo da proposta.


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