Ana Boos vai batalhar pela educação e as mulheres de Brusque
Vereadora do PP é a única mulher eleita para a legislatura 2017-2020
Perfil
Ana Helena Boos (PP)
37 anos, natural de Brusque
Advogada
898
Votos
Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?
“A minha pretensão é o bem para comunidade. Projetos vindos do governo, sendo projetos bons para a comunidade, eu estarei votando sim. Em caso contrário, a gente vai estar vigilante”.
Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?
“O que tenho conhecimento é que o salário já está congelado, há duas legislaturas, o que ocorre somente é o reajuste, que é o mesmo passado aos funcionários públicos. Só sou favorável a esse reajuste. Sobre a redução, se o vereador for se dedicar à função 24 horas é obrigado a ter um salário, é inviável. Sou advogada, se for me dedicar à Câmara vou ter que fechar o escritório, não vou ter minha segunda renda e vou ter minhas contas para pagar, de algum lugar teria que vir”.
Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?
“Dr. Jonas não era meu candidato a prefeito, era o Bóca e Ademar Sapelli, mas espero que a população tenha realmente escolhido o que é melhor para a cidade. E que o Dr. Jonas e Ari Vequi pensem nisso e façam um governo pensando no bem estar. Não dá para pré-julgar, mas acredito que a intenção deles também é o bem da cidade. São bons candidatos, os dois têm instrução, moram na cidade, querem o melhor para a cidade e quero acreditar que [a escolha] foi realmente para o bem da cidade”
É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?
“Não aceitaria, sou totalmente contra. O vereador foi eleito para assumir o cargo para o qual ele foi designado. Mesmo que viesse essa proposta eu diria não de cara. O vereador eleito pelo povo tem que legislar, fiscalizar e cumprir sua função como vereador”.
É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014?
“Eu sou contra [o radar]. Acho que a gente precisa educar as pessoas e não é o radar que vai fazer isso”.
Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?
“Se for uma CPI fundamentada, realmente com uma fiscalização, eu votaria a favor. Prioritariamente abre para investigar”.
O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?
“A minha posição pessoal, com certeza. Meu colega de partido é o Jean Pirola, temos tido uma conversa bem alinhada, no sentido de o PP estar votando junto, de acordo com nossa coerência e convicção. A minha forma de ser vai pesar muito mais nas decisões do que a orientação do partido”.
Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereadora pode contribuir para solucionar?
“Acho que hoje o principal, não só de Brusque, mas nacional, é a fiscalização dos gastos públicos, se eles estão sendo destinados para o que foram determinados. Essa fiscalização que cabe ao vereador. Se o dinheiro público está sendo gasto onde ele realmente deveria ser empenhado. Mas na nossa cidade existe uma série de problemas que a gente poderia ajudar”.
Terá alguma bandeira durante a legislatura?
“As minhas bandeiras são a educação e as mulheres, é nesse sentido que eu quero batalhar”.
Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?
“Muitas coisas. Saúde, educação, vagas em creche. Principalmente pelo fato de eu ser mulher, com relação às mulheres não terem onde deixar as crianças para ir trabalhar. Também falta de emprego na cidade, as pessoas pediram muito emprego”.
Qual foi o maior erro da legislatura passada que esta não pode repetir?
“O radicalismo não pode ser levado para frente, tem que se ouvir sempre os dois lados, pesar o que é certo ou errado, para seguir o caminho correto. Ser radical, ser oposição por oposição jamais pode acontecer, até porque isso vai prejudicar a cidade”.