Ivan Martins assume o quinto mandato à frente do legislativo de Brusque
Vereador, eleito pelo PSD, é um dos poucos remanescentes da legislatura passada
Perfil
Ivan Martins (PSD)
62 anos, natural de Brusque
Vereador
1159
Votos
Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?
“Não vou ser situação ostensiva, também não vou ser oposição ostensiva. Até porque temos aí uma previsão para 2017 muito difícil, uma situação financeira difícil para o município. Neste momento temos que nos unir, dar as mãos e trabalhar, Executivo e Legislativo”.
Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?
“Não vejo a mínima possibilidade de ser pautado qualquer projeto para diminuição de salário de vereador. Acho que o salário de vereador é justo, ele foi congelado já por duas legislaturas seguidas. É um salário justo principalmente para aqueles que levam a sério o poder Legislativo. Não concordo com a diminuição, no meu entendimento isso não prospera”.
Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?
“A população maciçamente escolheu o Dr. Jonas. Há uma grande expectativa nossa com relação à administração dele, até porque sabemos que é o primeiro mandato no Executivo. Ele leva a experiência de dois mandatos no poder Legislativo e tenho certeza que vai usar muito bem. Agora, acredito muito no trio: prefeito, o vice-prefeito e o ex-prefeito Ciro Roza. Acredito que os três poderão fazer uma grande administração do município.
É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?
“Eu tenho observado em vários momentos que muitos já se desligaram temporariamente para assumir um cargo. Particularmente não concordo, tanto é que eu já fui convidado a participar como secretário, de 2000 a 2008, e não aceitei porque entendo que, como nós concorremos e pedimos o apoio do eleitor para representá-los na Câmara, é ali que temos que ficar. Se assim não fizermos nós estaremos traindo a confiança que o eleitor depositou em nós”.
É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014?
“Penso que Brusque ainda não está preparada para radares. Na prática tem se demonstrado que é somente caça-níquel. Sou a favor de lombadas eletrônicas. Os radares móveis, simplesmente para arrecadar recursos, sou totalmente contrário”.
Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?
“A CPI é uma ferramenta que o legislador tem para investigar. O poder Legislativo em si não pode abrir mão. Temos que fazê-lo através de CPI. Qualquer requerimento que vir no sentido de abertura de uma comissão votarei favoravelmente, sem dúvida nenhuma”.
O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?
“São duas situações diferentes. Tem matérias que interessam diretamente aos partidos políticos, por exemplo, a eleição da presidência da Câmara. O vereador tem que seguir a orientação do partido. Porém, nas votações diversas no plenário é a atuação do vereador, mais próximo daquilo que a população precisa”.
Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?
“Penso que uma das obras prioritárias é a continuidade da Beira Rio, imprescindível para mobilidade urbana. A administração atual deve dar prioridade. Mas de forma geral tem que ser dada prioridade para saúde, educação e obras, que são o tripé da administração”.
Terá alguma bandeira durante a legislatura?
“O vereador já tem atribuições especificadas pelo regimento interno, que é legislar e fiscalizar. Eu tenho levantado várias bandeiras que vamos continuar, lutar para que Brusque seja referência no tratamento de câncer. Outra é a Celesc, que Brusque tem que ser regional”.
Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?
“Foi a saúde. a demora nas consultas, nos exames. Tem exame esperando por mais de um ano para ser feito”.
Qual foi o maior erro da legislatura passada que esta não pode repetir?
“Penso que o único defeito grande é o vereador não ter 24 horas disponível para exercer a função. A lei permite que o vereador eleito tenha outra função. Penso que aí mistura e atrapalha o serviço do vereador. Legislar exige disponibilidade de tempo”.