Jean Pirola afirma que cobrará a continuidade da Beira Rio
Eleito presidente do Legislativo, vereador está no seu segundo mandato
Perfil
Jean Pirola (PP)
39 anos, natural de Criciúma
Advogado e professor
1322
Votos
Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?
“Nós estamos conversando partidariamente neste momento, mas temos uma postura mais de neutralidade, sem fazer parte da base aliada do governo, assim como já vinha fazendo. A gente não fazia parte da base do governo, mas também não era aquela oposição ferrenha como não concordamos. Acho que tem que ser oposição quando realmente tem que ser”.
Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?
“A Câmara de Brusque é a que tem per capita um dos menores salários de Santa Catarina. Hoje somos até modelo de exemplo para várias casas legislativas. Não vejo como salário exorbitante que possa trazer prejuízo para o município em virtude do trabalho que é realizado. Não tenho nenhuma motivação de mexer no salário, nem de aumentar ou diminuir nesse momento. O nosso salário está congelado há três legislaturas”.
Avalia como boa ou ruim a escolha de Dr. Jonas como prefeito pela população?
“Eu conheço o doutor Jonas como pessoa e sei que é coerente e honesto, assim como conheço o vice Ari Vequi e sei que é uma pessoa honesta também, que batalhou muito para chegar aonde está hoje. Não vejo nenhum ponto negativo no fato de serem os vitoriosos. A cidade escolheu isso e vamos torcer para que realmente possam fazer uma boa administração para que Brusque não pare.
É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?
“Eu não concordo. Jamais assumiria um cargo na prefeitura se fosse vereador eleito, mas também não condeno quem o faça, pois está fazendo a sua escolha. Quatro anos depois tem eleição e a população que escolheu é que vai saber se tem ou não nova chance de voltar para a Câmara. E, se tiver um projeto de lei que venha a tratar desse assunto, eu votarei favorável.
É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014?
“Continuo com mesmo posicionamento. Acho que fazer um radar móvel para aplicar em toda a cidade não vai coibir em momento nenhum a velocidade dos veículos. Sou favorável aos radares fixos, como lombadas eletrônicas colocadas em pontos estratégicos, onde ocorrem mais acidentes em Brusque.
Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?
“A CPI é um instrumento de investigação, mas é mais usado no caráter político. Tivemos muitas CPIs na Câmara depois de muito tempo sem e todos os resultados eram aqueles que o Ministério Público já havia investigado. Então, serviu mais para trazer a publicidade ao problema do que punir os culpados ou inocentar. Mas a CPI é legal e sou favorável quando tem indícios da situação.
O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?
“Ambos. Uma conversa partidária, em grupo, traz muito mais ideias e esclarece melhor as situações para votar com mais convicções. Tenho certeza que vamos sempre sentar para conversar e analisar o que é melhor para a sociedade em geral. Até porque agora em Brusque, precisamos ajeitar a casa e não o partido, porque diante de tudo que aconteceu, Brusque ficou bagunçada”.
Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?
“Eu vejo dois gargalos no município, sendo primeiro e mais grave na saúde, onde os recursos são escassos. Mas temos a confiança do novo prefeito, que é um médico e conhece da área da saúde. A questão do transporte também é bastante problemático, com os taxistas e transporte coletivo judicializados”.
Terá alguma bandeira durante a legislatura?
“O que é bandeira de defesa do consumidor é minha também. Vou levantar a bandeira e vou cobrar sim, a continuidade da Beira Rio. Vejo que o gargalo do município no trânsito é o desafogamento da área central e sabemos que essa obra é essencial. Minha bandeira será a do cidadão brusquense”.
Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?
“As pessoas estão muito desacreditadas da política, não é só Brusque, mas a nível nacional. Mas o que as pessoas reclamaram e cobraram foi uma atuação mais transparente e honesta, não que não foi durante esses quatro anos. E também, que o político traga ideias para ajudar a cidade, sem prejudicar o andamento das coisas”.
Qual foi o maior erro da atual legislatura que a próxima não pode repetir?
“Tem alguns equívocos que tem que tomar cuidado. O coletivo dos vereadores tem que primar pela Câmara e vimos que vários deles se preocupavam mais com o lado pessoal. Além disso, é necessário que se faça a reforma do prédio para dar mais condições de trabalho. Tem o projeto pronto e não custa caro e espero que nesses quatro anos se faça isso. A obra é apenas uma construção de um anexo ao prédio que não mudará nem a estética”