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Marcos Deichmann assume pela primeira vez mandato como vereador

Eleito pelo PEN, parlamentar é coordenador do Centro de Imagem do Hospital Azambuja

Perfil

Marcos Deichmann (PEN)

38 anos, natural de Brusque

Coordenador

897
Votos


Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?

“A única definição que eu tenho é que não vou ser oposição à comunidade. Essa questão de oposição e situação para mim não vai existir. A Câmara tem que começar a trabalhar em função da comunidade. Projetos que chegarem à Câmara que forem em prol da comunidade não farei oposição. Projetos que forem de interesse privado ou do próprio Executivo eu vou ser oposição”.

Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?

“Tudo se coloca em função do vereador, que o problema da falta de dinheiro é por causa do salário de vereador. Isso não concordo. Quando você assume uma posição no poder público é trabalho, e você tem que ganhar pelo trabalho, ninguém trabalha de graça. Se for para reter recurso teria que diminuir os salários de alto escalão da prefeitura, que hoje trabalham meio período, mas o salário inteiro se manteve”.

Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?

“Eu tenho um carinho muito grande pelo Dr. Jonas, a gente já se conhece do hospital [Azambuja], não tenho nada contra ele, apesar de ter concorrido em outra coligação. Não tem que olhar pelo lado de disputa partidária, tem que prezar pela pessoa que está ali. Dr. Jonas, para mim é uma pessoa muito boa. Não sei se a equipe dele vai acabar sendo tão boa quanto ele, mas eu vou estar lá para ajudar o governo a trabalhar em prol da comunidade”.

É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?

“Eu não concordo. A partir do momento em que você é eleito para tal função, você faz a campanha não por cargo, mas para aquela função. Se assumir outro cargo vejo como uma traição para com o eleitor. Não assumo e também não vou indicar nenhum cargo comissionado, não é uma coisa certa. Quando você coloca pessoas lá dentro para trabalhar, na primeira vez que você for contra algo que o governo estabelece, vai acabar prejudicando essas pessoas”.

É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014? 

“Do jeito que o nosso trânsito está começando a ficar caótico, pela quantidade de acidentes que a gente vê, acho que seria um controle necessário. Sou contra radar para arrecadação, o motorista tem que ter ciência de que tem o radar implantado ali. Se for escondido eu seria contra”.

Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?

“Depende do caso. Tem que analisar o porquê do pedido de CPI, se tem alguma coisa errada ou não. Se fizerem um pedido de CPI para mim, se eu não devo nada, pode colocar. Quem não deve não teme. Se foi solicitada CPI porque se tem uma dúvida, que se faça”.

O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?

“As duas coisas têm que andar juntas. Você não pode ser totalmente partidário nem convicto de que tua ideia é a certa”.

Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?

“São vários. Sou suspeito de falar por trabalhar na área da saúde, mas acredito que o foco é a saúde. Em segundo lugar a educação. Sou presidente de APP em três escolas em que meus filhos estudam e vejo que falta muita coisa. Seria prioritário a questão da saúde e educação, e em terceiro obras, porque nossa cidade está jogada às traças”.

Terá alguma bandeira durante a legislatura?

“A bandeira que a gente tem que levantar depende do que a comunidade está precisando naquele momento. Tem que haver mais participação da comunidade, que coloca a carga toda para cima do poder público, a participação é importante para entender o que a comunidade precisa. Vou brigar pelas prioridades que vão surgindo”.

Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?

“Na verdade eu nem fiz campanha, fiquei trabalhando em tempo integral, não consegui ir para a rua. Não gastei nem 50 centavos na campanha, meus amigos e família ficaram responsáveis por isso. Foram poucas as chances que tive de conversar com a comunidade, mas a reclamação que eles fazem é sobre a saúde, a gente tem que priorizar”.

Qual foi o maior erro da legislatura passada que esta não pode repetir?

“O maior erro cometido foi essa questão de oposição e situação. Havia muitas brigas pessoais, rixas partidárias. Nós temos que trabalhar para a comunidade, os 15 tem que sentarem juntos e entender quais são as prioridades do momento. Eles pecaram muito nisso, gastaram muito tempo brigando por coisas que não eram de interesse da comunidade”.