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Sebastião Lima assume pela primeira vez cadeira no legislativo de Brusque

Para ele, se o vereador assume cargo na prefeitura deve renunciar ao mandato

Perfil

Sebastião Alexandre Isfer de Lima (PSDB)

57 anos, natural de Curitiba

médico

1929 votos


Vai ser da base de apoio ao governo ou da oposição?
Na verdade, não tenho uma postura de ser oposição ou base de apoio, acredito que o discernimento do vereador deve ser diretamente ligado ao que é de benefício e favorável para a cidade e não ser oposição simplesmente.

Você é contra ou a favor de redução dos salários do vereador?

Como estou entrando agora, desconhecia o valor do salário. Em reunião com entidades, nos foi colocado que o vereador deve ganhar até 50% do salário do deputado estadual. Em Brusque, está defasado há 12 anos. Levando em consideração isso, o motivo da situação econômica não é o salário.

Avalia como boa ou ruim a escolha de Jonas Paegle como prefeito pela população?

Tudo vem para o bem e devemos sempre olhar a parte boa de tudo. A nossa opção hoje é o Dr. Jonas, temos que estimular, elogiar, buscar toda a parte boa que ele pode fazer. A oposição, muitas vezes, dificulta o trabalho da pessoa. Acredito que ele tem potencial de exercer um bom mandato.

É favorável a vereadores eleitos ocuparem cargos no governo municipal?

Eu não tenho intenção de assumir algum tipo de cargo. Mas se tiver alguém que tenha potencial, seja uma pessoa preparada, que possa ser melhor num outro setor do que como vereador, sou a favor, mas aí ele deveria renunciar definitivamente ao seu mandato como vereador para assumir o suplente, o que daria mais autonomia para o vereador que entra, porque quando isso acontece, deixa o vereador suplente amarrado.

É contra ou a favor a proibição de radares e redutores eletrônicos de velocidade em Brusque, aprovada pela Câmara em 2014? 

Eu acredito que a favor ou contra, parece muito simples. Parece mais complexo isso, a punição deve existir e o que tem que acabar é que a pessoa faça errado e espere que seja só advertido verbalmente já sabendo que está fazendo algo errado. Em países bem desenvolvidos, o rigor do castigo é muito forte, e queira ou não queira, o que dói mais é quando atinge o bolso e é ali que vai se trazer a educação. Sou desfavorável a uma indústria de multas, mas se você vai punir alguém que descumpriu o que a lei diz, acredito que deva ser correto.

Você vota prioritariamente a favor ou contra pedidos de abertura de CPI?

Dependendo do tema, é pertinente. Mas se for para ter gastos públicos, e servir de plataforma de campanha, eu sou contra.

O que pesa mais na hora de votar: orientação do partido ou posição pessoal?

Hoje, a situação do partido é utilizada da forma incorreta. Temos diversos partidos e muitas vezes eles acabam favorecendo que a gente emperre a realizar uma política com ‘P’ maiúsculo. Acho que há formas legais de conciliar a tua opinião sem ferir a tua fidelidade partidária.

Qual é o principal problema de Brusque, que você como vereador pode contribuir para solucionar?

Vejo que o rigor do vereador na fiscalização do que é feito, buscar informações, se aprofundar nas verdadeiras finalidades dos projetos. Eu acredito que é só exercer a sua real finalidade, só fazendo isso bem feito, bem assessorado, esquecendo vaidades e interesses próprios já vai se conseguir fazer muita coisa.

Terá alguma bandeira durante a legislatura?

Apesar de ser médico, tem muita gente que acha que deveríamos ter a bandeira da saúde, eu tenho muito forte a questão da educação, tudo que estiver relacionado a educação e a também buscar minimizar sofrimento de classes menos favorecidas. Isso não está muito dentro da competência do vereador, mas acredito que se a gente souber utilizar nossa capacidade de buscar pessoas interessadas em fazer o que é certo, é possível usar a força do vereador para diretamente ou indiretamente trazer melhorias.

Qual foi a principal demanda que a população levou a você durante a campanha?

Como vereador, na campanha, conversei com algumas pessoas que já conheciam minha história, fiz uma campanha de 30 anos, e em 30 dias coloquei à disposição. Foi um pouco diferente dos demais, acredito que essa deveria ser a forma com que a gente devesse escolher nossos representantes. Pessoas que não tenham necessidade, já mostraram capacidade na vida profissional e no desempenho em família e aí então se colocar à disposição da política.

Qual foi o maior erro da legislatura passada que esta não pode repetir?

Um deles é esse jogo de assumir secretarias, deixando pessoas vulneráveis por assumir uma posição onde não tem autonomia. A outra, devesse começar a buscar pessoas dentro da sociedade com disposição, com tempo, o que não poderia ser hoje é esse salário de vereador parecer uma fonte de renda, que a pessoa não tem capacidade de exercer na vida privada. Você não pode ganhar mais com homem público do que tem capacidade de ganhar na tua profissão.