Nova ponte em Brusque pode permanecer sem cabeceiras por mais de um ano após entrega da obra

Atraso na ampliação da Beira Rio deixará ponte sem utilidade

Nova ponte em Brusque pode permanecer sem cabeceiras por mais de um ano após entrega da obra

Atraso na ampliação da Beira Rio deixará ponte sem utilidade

A obra da nova ponte que ligará os bairros Jardim Maluche e Rio Branco, em Brusque, deve ser entregue em breve. No entanto, a estrutura vai permanecer sem cabeceiras e sem utilidade por mais de um ano após a conclusão dos trabalhos. A construção da nova avenida Beira Rio sentido ao bairro Dom Joaquim vai definir quando a ponte de fato receberá os acessos.

O prefeito de Brusque, André Vechi (PL), divulgou nas redes sociais que a obra da nova ponte está 98% concluída. Por outro lado, o cronograma da obra da Beira Rio até Dom Joaquim é de 18 meses. Sendo assim, conforme projeção da prefeitura, a ponte deve ficar sem funcionalidade por aproximadamente um ano e meio.

A expectativa é que a licitação para construção da Beira Rio seja lançada em fevereiro. A obra tem financiamento internacional do Fundo Financeiro para Desenvolvimento da Bacia do Prata (Fonplata). O secretário de Infraestrutura, Rafael Kniss, afirma que os entraves burocráticos atrasaram o início da obra da Beira Rio, o que faz com que a ponte fique pronta antes do asfalto.

“A ponte é um convênio nacional, com a Caixa, em que há uma contratação muito mais simplificada, mas a taxa de juros é maior. Como a construção da Beira Rio tem um valor mais expressivo, foi realizado financiamento com o Fonplata, em que a taxa de juros é menor. Consequentemente, porém, é um processo burocrático”.

Rafael explica que a gestão do ex-prefeito Ari Vequi (MDB), no qual fez parte, não imaginava que a viabilização do Fonplata seria tão burocrática. O secretário detalha que as mudanças no governo federal, com a saída de Jair Bolsonaro (PL) e a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), também é um fator que gerou atraso.

Além disso, Rafael considera que a autorização do empréstimo teve que passar pelo Senado. Ele conta que a ideia era que a obra de construção da Beira Rio já estivesse em execução. “A administração anterior imaginou que não seria tão burocrático”, admite.

André Vechi projeta que a obra da Beira Rio deve começar de fato em março ou abril. O prefeito avalia que a cassação do mandato de Ari Vequi, em maio de 2023, pode ter sido também um dos fatores que resultou no atraso da ampliação da avenida.

“Talvez, o governo anterior contava que as duas obras seguissem no mesmo ritmo”, avalia. “Tentamos não deixar [a cidade] parar [com a cassação], mas inevitavelmente alguma coisa teve atraso”, considera o prefeito.

A instalação das cabeceiras antes da construção da Beira Rio, segundo Vechi, poderia fazer com que pessoas quisessem “cortar caminho” ainda sem que a ponte estivesse liberada para passagem, gerando insegurança.

Entrega de ponte sem cabeceiras

A prefeitura considera a obra da ponte como “quase pronta”, mesmo sem as cabeceiras, e celebra a entrega da estrutura. “O que foi licitado foi a ponte. A cabeceira não está dentro do programa”, justifica o prefeito.

Em agosto de 2023, durante a campanha eleitoral, Vechi, então prefeito interino, disse que a obra da ponte seria entregue ainda no ano passado, o que não aconteceu. O prefeito relata que os problemas climáticos em outubro e novembro atrasaram a expectativa de entrega da obra.

“O rio saiu da calha 11 vezes, atrapalhando o canteiro de obras. Se lembrarmos, o rio levou um contêiner daquela obra. As chuvas de outubro e novembro impediram com que as obras no local continuassem. Ninguém esperava que tivéssemos uma enchente e todo esse transtorno climático”, explica.

Ampliação da Beira Rio

A obra da Beira Rio sentido Dom Joaquim se trata de uma ampliação da margem direita da avenida. O novo trecho começa a partir dos fundos da igreja Calvário, que hoje é uma estrada de chão, passa pela curva do Instituto Federal Catarinense (IFC) e segue pelo bairro Jardim Maluche até a ponte.

Recentemente, a prefeitura publicou um decreto que autoriza a execução da obra em parte das terras do IFC, dando fim a um imbróglio de seis anos. A curva que receberia o asfalto era considerada estreita e, com isso, foi necessário aumentar a área com uso de espaço que pertencia ao IFC.


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