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Nova secretária de Educação diz que priorizará divulgação da fila de espera por vagas em creches

Gleusa Fischer fala sobre suas prioridades para sua gestão à frente da pasta

Depois de ter permanecido por cerca de seis anos à frente da Educação municipal durante o governo Paulo Eccel, a secretária Gleusa Fischer volta a comandar a pasta durante a gestão de José Luiz Cunha, o Bóca (PP). Se não houver nova decisão judicial, ela permanece até 31 de dezembro deste ano.

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Gleusa afirma que, durante os anos em que esteve a frente da pasta, ela e sua equipe fizeram “uma revolução na educação, seja com oferta de novas vagas, melhorias dos espaços públicos, abertura de novas creches”.

A demanda por vagas em creche, aliás, continua sendo o maior desafio da pasta, segundo a secretária. Apesar da troca de gestão, Gleusa elogia o seu antecessor, Ivanor de Mendonça, nomeado por Roberto Prudêncio Neto, do PSD.

“Encontramos uma educação funcionando, até porque as pessoas que faziam parte da equipe do secretário Ivanor eram da rede municipal, e como o serviço havia sido deixado em funcionamento, eles prosseguiram fazendo isso”, afirma Gleusa Fischer.

“Eu me espantaria se não tivesse sido assim, porque o professor Ivanor era diretor de escola, ele tem experiência na educação municipal, então é natural que a gente tenha encontrado a educação encaminhada”, disse a secretária.

Entretanto, Gleusa destaca que há três prioridades para a sua gestão, até o fim do ano. “Há itens que vamos retomar, que eles não deram prosseguimento”.

Um deles, ela informa, está relacionado à alimentação escolar. A secretária afirma que recebeu muitas reclamações quanto à qualidade da merenda. “Então estamos retomando do jeito que nós fazíamos nos anos anteriores”, diz.


Nova eleição para diretores das escolas

Uma das questões que mais gerou polêmica durante este ano foi a não realização de uma eleição para diretores das escolas públicas municipais pela gestão passada, o que ocasionou fortes críticas na Câmara de Vereadores.

O ex-secretário Ivanor de Mendonça informou anteriormente que isso não foi feito porque, conforme acordo com o ex-prefeito Prudêncio, foi escolhido não realizar a eleição em virtude do conturbado quadro político da cidade.

“Tendo em vista o momento democrático que vivemos, a escola é da comunidade, ela tem que participar na escola de seus dirigentes”, afirma Gleusa.

“Da questão pedagógica os profissionais que estão na escola já dão conta naturalmente, mas cada escola tem que ter uma pessoa, que entenda de educação, responsável pela gestão. Vamos retomar isso que ficou parado”.

Ela diz que é complicado dar início ao processo agora, porque a lei eleitoral não permite, mas informa que há trâmites burocráticos que possam ser adiantados para, possivelmente, realizar a eleição até o fim do ano, para que os diretores assumam seus postos no começo do próximo.

“Tem toda uma preparação para quem deseja ser candidato, e uma definição de regras, que é possível ser feita”, diz Gleusa, “a eleição para diretores é um compromisso do prefeito Bóca”.


Lei da fila de espera por vagas em creche

A nova secretária de Educação informou ainda que o terceiro item prioritário na sua gestão é aplicar o que diz a lei da divulgação da lista de espera por vagas em creche.

Uma lei foi aprovada pela Câmara de Vereadores, ainda em 2015, de autoria do vereador Alessandro Simas (PSD). Ela prevê a divulgação online de toda a fila de espera por vagas nas creches municipais, mas até hoje não foi regulamentada.

“Aconteceu um debate muito interessante sobre esse tema, nós estávamos organizando, independente da lei, e isso também ficou de lado, e estamos retomando essa questão de maior transparência no atendimento à demanda, que não diminui”, explica a secretária.

Ela afirma que, embora precise de mais espaços para abrigar alunos, também é necessário que a lista de espera fique mais transparente.

“A gente se deparou agora, por exemplo, com crianças que fizeram sua inscrição em 2014 e até agora não foram chamadas. A gente precisa olhar com atenção, e isso só tem um jeito, é por meio da transparência na oferta dessas vagas”.

Gleusa diz que o controle da fila de espera já é feito, mas nos centros de ensino e sem divulgação externa, nem um sistema específico. Ela cita como modelo a ser copiado o de Blumenau, na qual, pela internet, os pais são informados se o seu filho está próximo de ser chamado para ocupar uma vaga ou não.

Ela não estabelece um prazo para que isso seja aplicado na prática, já que a implantação de um sistema demanda recursos e planejamento.