Nova superintendente da Fundema fala sobre poluição no rio Itajaí-Mirim
Ana Helena Boos propõe gestão participativa e parcerias com iniciativa privada
Ana Helena Boos propõe gestão participativa e parcerias com iniciativa privada
Ana Helena Boos é a nova superintendente da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), e dentre seus focos, estarão ações de conscientização ambiental e planos, em conjunto com a iniciativa privada, para solucionar a questão da poluição do rio Itajaí-Mirim a longo prazo. Demandas burocráticas também são grandes, e a ideia é digitalizar processos e documentos para integrar as diversas frentes de trabalho. Ela pretende fazer uma gestão cooperativa com o ex-superintendente e atual diretor, Cristiano Olinger.
Quanto ao problema crônico da emissão de efluentes no rio Itajaí-Mirim, a primeira ideia está no diálogo. “Já foi conversado com o prefeito Ari [Vequi] para que a gente converse com as empresas e se levante a situação do que está ocorrendo, para que encontremos uma solução efetiva. Não conseguiremos em uma ou duas semanas, mas trabalharemos em alguma proposta num futuro próximo. É um problema que já vem de algum tempo, de algumas gestões.”
Ana Helena afirma que a emissão de efluentes no rio Itajaí-Mirim é uma questão que afeta a economia do município. Então, a princípio, uma parceria com o setor privado seria utilizada para definir as soluções para o problema.
A nova superintendente também destaca que o esgoto doméstico causa muito da poluição que se vê nos rios, e que a falta de um sistema de tratamento é um problema grave. Ela chegou a esta conclusão após uma de suas primeiras reuniões, realizada nesta terça-feira, 5.
Questionada se há uma solução simples, como rastrear os efluentes e punir os responsáveis com interdição ou multa imediatamente, Ana Helena afirma que não funciona desta forma, e imaginava que fosse algo assim antes de conhecer a fundação.
“Não são somente as empresas. Então temos que atuar numa frente de implantar o esgoto sanitário e de estar junto com as empresas com as quais possa estar ocorrendo algo [emissão de efluentes e poluição em geral] neste sentido para que seja fiscalizado solucionando o problema.” O sistema de tratamento de esgoto é um projeto que cabe ao Serviço Autônomo Municipal de Água e Esgoto (Samae), e os trâmites para a construção ainda são iniciais.
Como vereadora, Ana Helena Boos foi autora do projeto de lei que abolia canudos de plástico de restaurantes, lanchonetes, bares e vendedores ambulantes. Também elaborou outros projetos de lei voltados à educação ambiental, que não chegaram à aprovação. Novos projetos voltados à educação são ideias que a nova superintendente da Fundema espera implementar, com possível apoio da iniciativa privada.
Outro plano está na digitalização de processos burocráticos da fundação. “A demanda é grande tanto em licenciamento quanto terraplanagem, loteamentos. O que seria de mais imediato é na digitalização dos processos e documentos dentro da fundema, interligando os funcionários. É algo que contribui com o meio ambiente, algo que é a causa da Fundema.”