Novo bafômetro: como funciona o aparelho que já chegou à região
Diferente dos etilômetros tradicionais, motoristas não precisam encostar no aparelho
Um vídeo que circula pelo WhatsApp neste mês vem gerando dúvidas. Na cena, é noite e há uma fila de carros na estrada. Um policial se aproxima da janela e pede para o motorista soprar um aparelho, que parece ser um bafômetro. Uma luz verde acende e o carro é liberado.
As imagens foram gravadas na Grande Florianópolis, mas situações idênticas já ocorrem em trechos da BR-470, como no posto da Polícia Rodoviária Federal (PRF), próximo ao viaduto da Mafisa, em Blumenau. Desde o ano passado, a corporação conta com um novo modelo de bafômetro.
Todas as blitze de combate à embriaguez que ocorrem na rodovia federal têm o uso do equipamento, que detecta odor de álcool a distância. Ou seja, diferente do bafômetro convencional, não é necessário encostar a boca no aparelho para realizar o teste.
O teste é válido?
A novidade ainda não tem valor legal, já que não foi homologada pelo Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) nem certificada pelo Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Isso significa que o aparelho só auxilia na triagem feita pelos policiais.
“É muito rápido, você chega a fazer 12 testes por minuto. Você pode parar vários veículos e pedir para o motorista assoprar. A vantagem é que não gasta um bocal (descartável, como nos etilômetros tradicionais), o que é ótimo ecologicamente falando. Se acender a luz vermelha é porque o equipamento detectou alguma concentração de álcool”, explica o chefe do Núcleo de Comunicação da corporação, Luiz Graziano.
O aparelho até especifica a quantidade de álcool por ar expelido, mas não com precisão. Por isso, quando a luz acusa a embriaguez, o condutor é convidado a realizar o bafômetro convencional. A recusa de fazer o teste inicial e, por consequência, o oficial, pode gerar multa.
“A multa é a mesma (para quem é pego bêbado ao volante): gravíssima, de R$ 2.934,70 e tem a suspensão do direito de dirigir. Se a pessoa se recusar e tiver sinais de embriaguez, além da multa vai presa”, destaca Graziano.
Normalmente, as fiscalizações são feitas perto do posto da PRF por causa da estrutura, mas já houve blitze em outros lugares, como os trevos de Pomerode e Indaial.