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Novo coworking tentará reverter baixa adesão ao modelo em Brusque

Empresa fará nova tentativa de popularizar o uso de escritórios compartilhados no município

Um novo coworking deve ampliar as possibilidades para empreendedores de Brusque. Serão 120 metros quadrados de área útil adaptada para atender diferentes necessidades de escritório, além de sala de reuniões. A previsão é que ele seja inaugurado na primeira quinzena de fevereiro, no Centro. Essa é a segunda experiência neste modelo no município.

A estrutura é resultado de seis meses de planejamento e contatos por parte do coordenador da Fenris Coworking Space, Anderson Pruner. Para início das atividades, ele escolheu o Centro como sede pela facilidade de acesso. No futuro, espera expandir o modelo para os bairros e municípios próximos, dependendo da popularização da proposta.

O espaço terá capacidade de atender até 34 pessoas de forma simultânea. Nele, entre recursos, os usuários terão acesso à internet, telefonia, sala de reuniões com uma tela para projeções de 84 polegadas e ar-condicionado. O espaço ainda conta com um lounge com videogame e um espaço para lazer.

Pela projeção de Pruner, com a flexibilidade de horários e particularidades de cada setor é possível que até 100 pessoas desenvolvam suas atividades no local ao longo de um dia. No espaço, também projeta o desenvolvimento de ações educativas para aproximar empresários locais e clientes da unidade.

Além dos custos mais baixos na implantação de novos negócios, destaca a facilidade da ampliação das redes de contatos profissionais. Para ele, o modelo de negócio é adequado à demanda de um público muito diverso. “Toda a formação que permite um trabalho freelancer ou autônomo é um cliente potencial.”

Desafio é popularização
Tornar o modelo de negócio mais difundido no município é indicado como uma das prioridades de Pruner neste início de trabalho. De acordo com ele, diferente de cidades maiores, como Blumenau e Florianópolis, o coworking ainda não é difundido no município.

Pruner aposta em palestras e parcerias para promoção de debates sobre o assunto. Em cerca de 20 dias contabiliza 50 interessados em conhecer o empreendimento.

Ele classifica o modelo como uma forma de incentivo ao empreendedorismo. “Muitas pessoas querem empreender de forma saudável e a acabam esbarrando no aluguel”.

Primeira tentativa
Durante seis meses, a parceria de dois empreendedores colocou em funcionamento a primeira experiência de coworking no município. Vladimir Heil era um dos sócios da Sitzung, que reuniu dois profissionais da área da arquitetura, um advogado e um consultor esportivo durante todo o dia. O empreendimento disponibilizava 30 baias para clientes e chegou a ter seis usuários.

Na época, os custos com o aluguel minaram o negócio. De acordo com ele, muitas pessoas não assimilaram a ideia de atuação em espaços coletivos, mesmo com o modelo tendo o baixo custo como base. Antes de montar o espaço, em julho, pesquisas foram feitas tomando como base experiências em Blumenau e São Paulo.

Ações para tentar atrair novos integrantes para o espaço, afirma Heil, esbarravam ainda no valor praticado e demanda por mais privacidade. “Brusque tem uma particularidade de que ninguém quer sentar do lado de outra pessoa e trabalhar. Muita gente reclamava porque não podia ter uma sala exclusiva”

Tendência mundial
Os espaços coletivos voltados a atividades profissionais são uma tendência. Segundo o portal Coworking Brasil, no início de 2017 já havia cerca de 800 espaços do tipo no país, um crescimento de 114% em relação ao ano anterior.

Com o número de unidades, estima-se a disponibilidade de 56 mil estações de trabalho e a geração de 3,5 mil empregos diretos e indiretos. O setor movimentou R$ 82 milhões no ano passado, de acordo com o portal. Em Santa Catarina, Florianópolis tem destaque no número de coworkings. Vinte dos 40 cadastrados eram da capital catarinense.