Novo delegado regional de Polícia Civil implementará mudanças na gestão
Fernando de Faveri, já havia atuado em Brusque, assumiu o cargo na quarta-feira, 1
O delegado Fernando de Faveri, 34 anos, que já havia atuado em Brusque em outras oportunidades, retornou ao município para assumir a Delegacia Regional de Polícia Civil. Ele assumiu o cargo na quarta-feira, 1, após mais de sete anos de comando de Francisco Ari Plantes dos Anjos, que integrará a equipe de trabalho da Corregedoria Geral da Polícia Civil de Itajaí.
Faveri tem uma forte ligação com Brusque e, por isso, em dezembro do ano passado manifestou à chefia da Polícia Civil de Santa Catarina o seu desejo de retornar para a cidade. Além disso, sua esposa Geisa de Faveri e seu filho vivem no município. “Devido a essa logística familiar e por ter um vínculo de amizades e com a comunidade brusquense, manifestei o desejo de retornar. Uma série de fatores possibilitou esse retorno, o que fez com que eu prontamente aceitasse”, diz Faveri, que pretende ficar no município por um longo tempo e talvez não mais sair.
O delegado começou sua carreira em Brusque em 2008 e permaneceu, inicialmente, até 2010. Na época, ele havia recém saído da Academia de Polícia Civil de Santa Catarina (Acadepol).
Depois de 2010, Faveri, que nasceu em Brasília (DF), trabalhou em Criciúma e Jaraguá do Sul. Nestes locais, ele esteve em contato com as mais diversas delegacias regionais e com os mais distintos modelos de gestão. Após isso, no fim de 2015, ele veio para Brusque, onde assumiu a Delegacia de Polícia Civil e ficou por um ano. Em novembro de 2016, após um convite, ele foi atuar na Acadepol, onde exerceu o cargo de diretor. Ele já havia trabalhado no local em outra ocasião, quando foi responsável pelos cursos de formação.
“Após quase nove anos em que cheguei pela primeira vez em Brusque, poder retornar para essa função é bem importante. É o reconhecimento de todo um trabalho árduo. O convite surge de oportunidades e o que me credencia é ter essa longa experiência em todo o estado e o contato com modelos de gestão e delegacias regionais. Isso me torna mais sensível a gerir pessoas e instituições”, diz Faveri.
Atribuições do cargo
O novo delegado da regional explica que há funções distintas sob o seu comando. Existem os assuntos administrativos relacionados ao Departamento Estadual de Trânsito (Detran), como documentação de veículos, carteira de habilitação, multas, entre outros. Paralelo a isso, há a função policial, que é basicamente a supervisão dos delegados e das delegacias subordinadas à delegacia regional.
Hoje, são três delegacias em Brusque: a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso (Dpcami), a Divisão de Investigações Criminais (DIC) e a Delegacia da Comarca. Também integram Guabiruba, Botuverá e São João Batista – que envolve Nova Trento e Major Gercino. Ao todo, cerca de 200 mil habitantes são atendidos pela Delegacia Regional de Brusque.
Faveri diz que é preciso trabalhar na gestão de funcionários, nas necessidades estruturais e na adequação de viaturas.
Novo modelo de gestão
O delegado já estuda realizar um diagnóstico de toda a região para implementar um novo modelo de gestão. O objetivo principal é melhorar o atendimento na delegacia, principalmente no que se refere a reduzir o tempo de atendimento e a qualidade. Planeja-se oferecer espaços com acessibilidade, tanto para o atendimento como em banheiros. Ele também busca disponibilizar maior infraestrutura para as delegacias de polícia – com aquisição de novas salas e computadores. Também deve haver uma mudança estrutural a curto prazo com a retirada da DIC de dentro da Delegacia da Comarca, além de novas instalações para a Dpcami.
Outra meta de Faveri, não menos importante, é a proximidade com a comunidade e com entidades públicas. O delegado quer estreitar relacionamento com a Polícia Militar, com o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg), a Associação Empresarial de Brusque (Acibr), vereadores e o Ministério Público. “É possível, cada um dentro do seu limite e legalidade, fazer um grande laço comunitário, em que a Polícia Civil não seja apenas um órgão de combate ao crime, mas uma integrante da comunidade, que também tenha função educativa”.
Faveri destaca ainda que manterá um bom relacionamento com a imprensa, já que ele acredita que os meios de comunicação são essenciais no processo de democracia e transparência.
Trabalho conjunto
A maior causa de prisão em flagrante em Brusque é embriaguez ao volante. Por isso, o novo delegado deve buscar, até o fim do primeiro semestre, novas viaturas para que a Polícia Civil possa auxiliar o trabalho da Guarda de Trânsito (GTB) e da PM para combater este crime. “O trânsito é uma questão que preocupa, são acidentes, homicídios ocasionados pelo trânsito, colisões, lesões corporais. A melhor forma de combater é trabalhar em conjunto”.
Além disso, Faveri observa que houve um crescimento nos crimes patrimoniais – roubo e furto. Por outro lado, homicídios e latrocínios se mantiveram estáveis – há uma média de cinco homicídios por ano em Brusque.