Novo governo vai analisar obras do Orçamento Participativo em Brusque
Há pavimentações de 2012 que ainda estão na fila para execução
Bandeira da gestão Paulo Eccel (PT), o Orçamento Participativo (OP) passará por uma nova reavaliação pela Secretaria de Obras. As pavimentações elencadas por meio do programa serão analisadas uma a uma, informa a pasta, por meio da Secretaria de Comunicação.
Segundo a prefeitura, há obras do Orçamento Participativo de 2012 que ainda não foram executadas. Algumas delas, inclusive, já foram pagas pelos moradores, contudo, não saíram do papel.
A prefeitura informa que todas essas informações referentes a pagamentos e serviços a serem executados serão avaliadas pela nova gestão, e então será tomado um posicionamento. Entretanto, o que fica claro é que o atual governo considera o OP uma ferramenta do então governo petista.
Há casos mais emblemáticos que já são de conhecimento de várias gestões, como a rua Anna Heil, em Dom Joaquim. A pavimentação da via foi incluída no Orçamento Participativo de 2014. Ela deveria ter sido executada em outubro de 2015, mas foi adiada por várias vezes.
Conforme o Município Dia a Dia já noticiou, a população da rua Anna Heil reclama da falta de asfaltamento, principalmente em dias de chuvas. Apesar disso, nem na gestão de Paulo Eccel, tampouco nas de Roberto Prudêncio Neto (PSD) e de José Luiz Cunha, o Bóca (PP), ela saiu do papel.
Programa extinto
O Orçamento Participativo permitia que a população opinasse sobre quais as obras prioritárias na sua localidade em assembleias regionais e na municipal. O programa era uma bandeira do Partido dos Trabalhadores, e existiu em várias prefeituras controladas pelo partido.
Em Brusque, no entanto, após a saída de Paulo Eccel da prefeitura, o programa foi extinto. Todas as obras foram incorporadas ao cronograma geral da Secretaria de Obras. Mesmo aquelas já quitadas pelos moradores passaram a ficar na fila.
O pagamento das ruas é uma das questões que serão estudadas pelo atual governo. Há casos em que o asfaltamento foi pago, mas a prefeitura não executou o serviço. De acordo com a prefeitura, será feita uma verificação de onde o dinheiro está ou se já foi gasto.
Durante a gestão de Bóca Cunha, o nome Orçamento Participativo também não foi mais utilizado. As pavimentações que tiveram prosseguimento e que foram entregues estavam no calendário geral da Secretaria de Obras.
Após ter sido feito este levantamento para “tomar pé da situação”, a prefeitura irá informar o que será feito sobre as pavimentações. O OP inclui, também, obras de outros tipos, como a creche do Rio Branco.