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Novo leilão da Fábrica Renaux não tem propostas de compra

Judiciário deverá decidir por um novo leilão ou pela venda direta dos bens, estimados em R$ 70 milhões

O segundo leilão para venda do patrimônio imobiliário, de equipamentos e da marca da Fábrica de Tecidos Carlos Renaux, realizado nesta quarta-feira, 3, não registrou nenhuma proposta oficial de compra.

Em duas rodadas de leilão, às 13h e às 13h30, não houve interessados em adquirir o conjunto de bens ou parte deles. O patrimônio total está avaliado em R$ 70,5 milhões, sendo que o valor mínimo de venda estipulado para leilão foi de R$ 52,9 milhões.

Estava à venda também a marca Renaux, avaliada em R$ 5,9 milhões, assim como cerca de 15 terrenos situados em Brusque, Blumenau, Itajaí e Balneário Camboriú, e edificações da sede da fábrica, incluindo o antigo casarão nomeado de Villa Ida.

Todo o patrimônio em eletrodomésticos e eletrônicos da Renaux também está à venda. Há, no acervo, móveis de escritório, o maquinário leve da fábrica, tratores e empilhadeiras e materiais do ambulatório da fábrica.

Segundo o administrador judicial da massa falida, o advogado Gilson Sgrott, ao fim do leilão houve manifestações de pessoas interessadas em formular propostas de aquisição direta de bens, feitas à leiloeira.

Ele explica que este é um caminho que pode ser adotado para venda do patrimônio da fábrica, mas vai depender da juíza da Vara Comercial, Clarice Ana Lanzarini, autorizar esse tipo de negociação ou determinar a realização de novo leilão, isso porque, conforme diz o administrador judicial, o processo de falência “não pode parar”.

O próximo passo é a juíza analisar o resultado do leilão e decidir se irá permitir que sejam feitas propostas diretas ou marcar a data para um novo leilão.

Nesse caso, entretanto, seria necessário baixar o preço dos bens, para tentar angariar compradores. Essa é a segunda vez que a venda do patrimônio da fábrica não registra interessados. No primeiro leilão, realizado o ano passado, houve apenas propostas de compras isoladas de bens, o que não prosperou.

A venda deste patrimônio é necessária para que se possa realizar os pagamentos aos credores da fábrica que, sob forte crise financeira, pediu a falência em junho de 2013, o que foi acatado pela Justiça, com encerramento de atividades.