Novo presidente do Comusa avalia saúde pública em Brusque
Marcos André Maestri foi eleito presidente do Conselho Municipal de Saúde em novembro
Marcos André Maestri foi eleito presidente do Conselho Municipal de Saúde em novembro
O novo presidente do Conselho Municipal de Saúde (Comusa), Marcos André Maestri, foi eleito em 17 de novembro e atuará no biênio 2022 e 2023. O conselho é formado por 20 pessoas, sendo dez titulares e dez suplentes.
Natural de Brusque, Marcos exerceu o serviço de comissário de polícia por mais de 10 anos, depois foi responsável no setor de identidade da Delegacia Regional e foi presidente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae de) Brusque, entre outras experiências ao longo dos anos no município.
Ele começou a participar do Comusa há mais de 15 anos. Além disso, também já atuou na Secretaria da Saúde, quando Ivonir Zanatta Webster, a Crespa, comandava a pasta. Na época, ele era diretor administrativo e responsável pelo Samu.
Para o novo presidente, atualmente, é difícil avaliar a secretaria e a saúde pública em um geral por conta da Covid-19. “Eu sei que quase todas e as principais atenções da secretaria são para a pandemia”, aponta
Neste sentido, Marcos destaca o trabalho do ex-secretário de Saúde, Humberto Fornari, que atuou no primeiro ano pandêmico. Também, o novo presidente do Comusa comenta sobre os drive-thrus e as barreiras entre as cidades feitas no início da pandemia.
“Já se passaram quase dois anos dessa peste que abateu quase todo mundo. Está realmente sendo difícil, não só para Brusque, mas para todas as cidades. Brusque está fazendo de uma maneira correta, elogiável”, aponta.
Contudo, Marcos conta que a saúde pública como um todo espera voltar ao normal. Ou seja, com todas as visitas a domicílio, as cirurgias eletivas e com todos os procedimentos nos postos de saúde.
“A prefeitura é refém do governo federal, com as verbas e todo o arcabouço que é a distribuição, agora com a pandemia mais ainda. Isso modificou todo o atendimento da Secretaria de Saúde, e não está fácil para ninguém”, completa.
Por conta da pandemia, Marcos relata que o Comusa se reuniu poucas vezes nos últimos dois anos. Ele recorda que um encontro foi de forma remota, em outro foi presencial e o próximo será com o novo conselho, com os novos membros.
Ele explica que, primeiramente, está planejado constituir as comissões que trabalham no conselho. Trata-se da equipe de monitoramento da avaliação, a que vai avaliar os convênios e contratos e a que verá as prestações de contas. Então, será possível avaliar a saúde e realizar o trabalho do Comusa, como vinha sendo feito até antes de março de 2020.
“[A pandemia] Extrapolou algumas coisas, que deviam ser feitas no momento e que nós não tínhamos outro caminho a não ser aprovar, para não perdermos verbas e recursos para o município. Mas isso vai ter que melhorar, com certeza. Não só melhorar a fiscalização por parte do Comusa, mas também os serviços prestados pela secretaria de Saúde”, diz.
De acordo com ele, a porta de entrada da saúde é o posto de saúde. Portanto, no local, a comunidade precisa ter o melhor atendimento. “Ninguém vai procurar um médico se não sentir alguma coisa, são raras exceções. O normal é que, se alguém está procurando um posto de saúde, é porque tem necessidade de algo”, defende.
Marcos compara o atendimento em um posto de saúde com o de uma farmácia. Na busca pelo atendimento, a expectativa é ser atendido da melhor forma possível pelo profissional.
“Só que não adianta, vamos supor, que na farmácia tenha atendimento prioritário ao idoso ou para a gestante e, quando você adentra, ter uma senha normal para todos. Não tem uma senha para o atendimento priorizado. Você fica lá sentado esperando atendimento, já observei isso, as pessoas são chamadas para atendimento, mas não atendem o prioritário”, relata.
“Isso tem que ser visto, a saúde que cuida de um todo precisa se ater nesse detalhe. É para isso que existe a fiscalização, para ver se realmente é falta de uma comunicação. Isso precisa ser permanentemente divulgado”, aponta.
Além disso, Marcos também fala sobre a necessidade de melhorias do acesso da policlínica e postos de saúde às vias públicas. Para isso, avalia a necessidade do Comusa atuar em parceria com a Secretaria de Saúde.
“Faltou a gente sentar e conversar, porque o Comusa não é inimigo da secretaria, e nem a secretaria não deve ter entraves ao Comusa. É um trabalho que precisamos fazer unidos em prol da saúde de Brusque, para o bem da comunidade”, finaliza.
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