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Novo técnico do Brusque fez base no clube e dormiu sob a arquibancada do Gigantinho

Treinador iniciou carreira no clube, foi atleta profissional e é aposta para o comando técnico

Poucas pessoas se identificam tão bem com o Brusque como Jerson Testoni, o Jersinho. O novo técnico do quadricolor deu início a sua carreira no futebol na base do clube, chegou a jogar profissionalmente e foi a primeira venda de atleta registrada na história do Bruscão. Depois de pendurar as chuteiras, treinou as equipes de base do quadricolor, foi auxiliar e agora chega ao comando máximo na equipe técnica.

Com apenas 37 anos, Jersinho terá pela frente a sua primeira experiência como técnico de equipe profissional. Pega, logo de cara, uma bomba em suas mãos: terá que preparar a equipe que disputa a fase mata-mata do Brasileirão Série D.

O Município: Você acredita que a sua história com o clube pode ser um fator positivo ao seu trabalho como técnico?
Jersinho: Tenho um vínculo muito grande com o time e a cidade. Sou de Gaspar mas moro na divisa com Brusque. Iniciei aqui minha carreira, morei embaixo da arquibancada do Augusto Bauer na época que a base se alojava ali, e por tudo isso tenho um carinho e sou bem recebido. Mas a gente sabe da responsabilidade de um time de futebol, a pressão por resultados. O treinador é bom enquanto a vitória está vindo, porque senão vira dúvida e não tem vínculo que sustente. Por isso o negócio é trabalhar e ir em busca dos nossos objetivos.

Primeira partida sob o novo comando será o jogo contra o São José (RS). Foto: Cristóvão Vieira

O Município: Se fosse para escolher um momento de assumir comando do time profissional, seria esse, em fase de mata-mata na Série D, ou escolheria outro?
Jersinho: Eu sempre falo que as oportunidades aparecem no momento certo. O momento era esse. Membros da diretoria conversaram comigo e explicarom que haviam especulado há mais tempo meu nome, desde a saída do Mauro Ovelha, mas optaram pelo Pingo que também obteve bons resultados. Acho que esse momento é bom porque o técnico não saiu demitido, e sim porque decidiu aceitar uma oportunidade que ele achou ser o melhor para ele, o grupo está unido e com vontade de vencer, por isso vejo como uma boa fase para assumir o time.

O Município: Você foi auxiliar-técnico de Mauro Ovelha e Pingo, técnicos com filosofias de jogo diferente. Com qual modo de observar o futebol você se aproxima mais?
Jersinho: Minha linha de trabalho é parecida com o Pingo, mas na minha visão o técnico precisa de uma variação de sistemas de jogo. O Pingo não abria mão do jogo com o estilo losango, e eu já penso que alternativas são necessárias. Acredito que, embora a gente vá começar mantendo um pouco o estilo do técnico anterior, com o tempo vou implantando uma maneira própria de trabalhar.