Novos proprietários da Assevim/Uniasselvi planejam investir em Brusque
Diretor de operações da instituição explica transição para os novos donos e traça planejamento
Diretor de operações da instituição explica transição para os novos donos e traça planejamento
Após quase três anos sob controle da Kroton Educacional, a Uniasselvi foi vendida novamente, agora para dois acionistas: os fundos Carlyle Group LP e Vinci Partners Investimentos, com sedes nos Estados Unidos e no Rio de Janeiro, respectivamente.
A mudança de donos não é algo puramente formal. A rede, da qual a Assevim de Brusque faz parte, planeja investir forte no Ensino a Distância (EAD), com a abertura de quase 30 novos polos de ensino.
O Grupo Uniasselvi foi comprado pela Kroton em 2012 por R$ 510 milhões. No ano passado, a Kroton também adquiriu a Anhanguera, mas para concretizar o negócio o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) impôs a venda de Uniasselvi, para não configurar monopólio de mercado.
Foi aí que entrou a Carlyle e a Vinci, que desembolsaram cerca de R$ 1 bilhão – o dobro do valor de marcado em 2012 – para adquirir o grupo educacional no fim do ano passado. Agora, aos poucos, está sendo feita a transição da Kroton para os novos donos. Para ajudar neste processo foi contratado Valdir Gomes Barbosa Sobrinho, diretor de operações da Uniasselvi.
Barbosa Sobrinho foi incumbido de levar a cabo a transição da Kroton para os novos proprietários. A responsabilidade é conseguir fazer o grupo educacional crescer ainda mais. “Pelos números que temos visto, a instituição tem uma sinalização extremamente positiva de crescimento e vamos ter sucesso na empreitada, sem dúvida”.
Neste sentido, a instituição mira mercados promissores, como Brusque. “A cidade é muito importante na região e está dentro dos nossos objetivos estratégicos, sim”.
Para conseguir ter mais sinergia entre os campi, a Uniasselvi também está promovendo uma série de mudanças internas. A principal delas é a transferência das decisões de São Paulo para Indaial, a sua sede. A Kroton havia centralizado quase tudo fora de Santa Catarina, o que mudará. Tecnologia da informação, suprimentos e outros setores importantes voltam para o Vale do Itajaí.
O Município Dia a Dia conversou com Barbosa Sobrinho para explicar como vai funcionar esta transição. Confira a seguir:
Decisões locais
“Há anos atrás, a Kroton, quando adquiriu a instituição, levou muita coisa para São Paulo. Todo o poder decisão e estruturas de funcionamento foram para lá. O nosso objetivo é exatamente o inverso, estamos trazendo tudo de São Paulo para Santa Catarina, mais precisamente na cidade de Indaial, onde fica a nossa sede.
Nesta transição nós estamos reconstruindo dentro da Uniasselvi. Durante o período de transição, vamos estar com o suporte de uma empresa parceira fazendo esta prestação de serviço até que tenhamos tudo funcionando localmente. Mas o objetivo principal disto é que a gente consiga fazer isto em um nível de tranquilidade muito grande, para que não afete os nossos alunos. A grande preocupação neste período é que ele [aluno] não perceba nenhum movimento de mudança, só se for uma mudança para melhorar alguma coisa”.
“Brusque é um polo que agrega várias cidades, o que faz parte da nossa estratégia”
Expansão de negócios
“Já temos 48 polos de Ensino a Distância, desde graduação até pós graduação. E nós já estamos em um processo de reconhecimento do MEC [Ministério da Educação] para mais 29 polos, que estão em fase final de entrada. Em breve teremos boas notícias, pois estamos em fase final de reconhecimento. Destes 29, alguns são previstos para curtíssimo prazo. Mas a ideia é acrescer estes 29 aos 48 já existentes”.
A importância de Brusque
“Brusque é um polo que agrega várias cidades, o que faz parte da nossa estratégia. Que a gente tenha condições de ter mobilidade para o aluno, porque o nosso modelo é pautado por um diferencial muito grande em relação às outras instituições de ensino que é ter o presencial no EAD. Brusque é uma cidade muito importante na região e está dentro dos nossos objetivos estratégicos, sim”.
Restrições ao Fies
“Nós somos, em EAD principalmente, pouco alavancados pelo Fies. Tem instituições que são muito mais dependentes. Não acreditamos que isto seja muito significativo. Mas sempre estamos ofertando uma linha de crédito para o aluno que busca aprender e que está em ascensão profissional. Ele busca um diferencial na vida dele, normalmente trabalha e estuda. Qualquer forma de facilitar a vida do aluno nos interessa e interessa ao aluno”.
“Nós já estamos em um processo de reconhecimento do MEC para mais 29 polos, que estão em fase final de entrada”