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Número de furtos em Brusque aumenta em 194%

Em 2016, o número de roubos cresceram em 14,7%, em comparação ao ano anterior

A Polícia Militar de Brusque iniciou o ano buscando alternativas para inibir cada vez mais os furtos e roubos no município. O motivo da preocupação é devido ao aumento de ocorrências registradas na cidade em 2016, que teve crescimento de 194% casos de furtos e 14,7% de roubos, comparado com 2015.

Os dados estatísticos foram apresentados para a imprensa na tarde de terça-feira, 17, e, para o major Otávio Manoel Ferreira Filho, elas são fundamentais para ter uma base para iniciar os trabalhos do ano. “É necessário conhecer o passado para no presente podermos planejar melhor o futuro. Até porque é preciso identificar as deficiências e o modus operandi dos criminosos para melhorar a atuação policial”.

Na análise do major, esses crimes estão diretamente ligados às drogas e o tráfico de entorpecentes. “Também, não podemos negar que a crise que atingiu o país tenha sido um dos fatores que colaboraram também para esse aumento da criminalidade”, comenta.

Dos 202 roubos ocorridos em Brusque no ano passado, 146 deles estão em fase de investigação, sendo que os outros 56 já foram solucionados com a prisão dos suspeitos. O mês em que mais ocorreram assaltos no município foi em setembro, com 28 ocorrências registradas pela Polícia Militar. “Trabalhamos intensamente para reduzir esses números e, felizmente, conseguimos fechar o mês de dezembro com apenas cinco roubos”, detalha o major.

Para tentar reduzir esses índices nos dois tipos de crimes, o policial afirma que será intensificado o trabalho, ainda mais com a chegada dos novos policiais para o 18º Batalhão da PM e também na Polícia Civil. “Creio que 2017 será bem melhor na parte criminal do município. Tenho boas esperanças em relação ao reforço de efetivo que recebemos”, afirma.

O major ressalta que com mais pessoas para trabalhar, será possível melhorar a parte de investigação, o que no ano passado estava bem crítica. Além disso, os bons relacionamentos entre as instituições, Ministério Público de Santa Catarina e poder Judiciário também deverão colaborar com a segurança pública de Brusque.

Ele acrescenta que a sociedade também tem um papel muito importante em relação aos crimes de furto, que são aqueles em que o criminoso invade uma casa, leva objetos, veículos sem que o proprietário perceba. “As pessoas precisam conhecer melhor seus vizinhos e a Polícia Militar está à disposição para fazer parcerias, como a Rede de Vizinhos, para coibir esses crimes”, comenta.

Em Brusque, já foram implantadas quatro Redes de Vizinhos, sendo na rua Padre Antônio Einsing, no bairro Azambuja, na rua Vendelino Winter, no Santa Terezinha, na rua Augusto Klapoth, no Águas Claras e na rua Mathilde Schaeffer. Ainda outras duas estão em fase de implantação. “O programa é basicamente a criação de um grupo de WhatsApp com a participação de um policial responsável, que faz a ligação direta entre aquela região e a PM”, explica.

Segundo Otávio, as dez câmeras de monitoramento do projeto Bem-Te-Vi tem auxiliado bastante a polícia. Porém, o que soma ainda mais para o trabalho investigativo são as câmeras particulares. “Felizmente, as pessoas tem colaborado muito e cedido as imagens para que possamos dar continuidade ao trabalho”.

Homicídios permanecem estáveis

Conforme dados repassados pelo major Otávio, houve aumento de apenas um homicídio em 2016, comparado com os quatro registrados 2015. Porém, dos cinco crimes, um que ocorreu em Botuverá, com a morte de Natal Avi, foi considerado pelas estatísticas da Secretaria de Segurança Pública (SSP-SC) para Brusque, pelo corpo ter sido encontrado no município.

Outro caso de um homem encontrado morto dentro de casa, no dia 12 de novembro, no bairro Bateas, ainda é considerado como homicídio. “O laudo cadavérico ainda não foi liberado, por isso ainda não dá para confirmar se foi mesmo homicídio ou um suicídio”, explica o policial.

Dos três casos confirmados do crime em Brusque, ainda está a morte do suspeito de cometer um assalto no Supermercado Carol, no bairro São Pedro. O crime ocorreu no dia 7 de dezembro, quando um policial de folga trocou tiros com os criminosos e um deles morreu. “Pela quantidade de crimes ocorridos no município, ainda estamos dentro da média nacional, que considera que mais de dez homicídios se torna uma epidemia”, diz.

Um dos dados comemorados pela Polícia Militar de Brusque é o latrocínio, roubo seguido de morte, que não ocorre há dois anos.