Número de indígenas vendendo artesanato e de pessoas em situação de rua cresce em Brusque
Com a pandemia da Covid-19 e a aproximação do inverno, a situação preocupa a Secretaria de Desenvolvimento Social
Com a pandemia da Covid-19 e a aproximação do inverno, a situação preocupa a Secretaria de Desenvolvimento Social
O número de indígenas que fazem a venda de artesanato e de pessoas em situação de rua está crescendo em Brusque ao longo do ano, de acordo com o secretário de Desenvolvimento Social, Jocimar dos Santos. Ele ressalta que a situação preocupa a pasta, que trabalha para amenizar o problema.
“Tem crescido bastante a chegada deles no município. Não sei se por conta da pandemia ou pela cidade ter mais recursos, estamos fazendo um levantamento para entender isso”, explica. “A gente tem tratado com bastante afinco para diminuir. Nossa preocupação é que logo chega o inverno, e também pela Covid-19. Estamos intensificando a ação”, continua.
Segundo ele, a pasta trabalha com cuidado e foi aumentada a uma equipe de abordagem, que atua de duas a três vezes por dia. São quatro técnicos: dois psicólogos, um assistente social e um educador social. Eles se revezam e tem orientado e dado um local certo de assistência. “É uma situação complicada, mais uma ação de orientação”, diz.
O secretário destaca que os indígenas são amparados por lei. Eles têm o direito de comercializar os artesanatos em espaços públicos e o município não pode intervir.
Também, o Estatuto dos Povos Indígenas, no artigo 166, assegura que “será respeitada a participação de crianças e adolescentes indígenas em atividades quotidianas de trabalho que correspondam a processos indígenas de ensino e aprendizagem necessários ao seu pleno desenvolvimento cultural”.
“A lei diz que podem ficar nas calçadas, desde que não atrapalhem o direito da população de ir e vir”, complementa o secretário.
Ainda, ele relata que já orientaram até um indígena dormindo na rua, dentre outros casos, mas que envolvem pessoas em situação de rua. Outro caso de destaque citado pelo secretário foi de nove pessoas de uma família indígena atendida no Centro Pop, com crianças. “Eles ficam um período somente para a venda dos artesanatos”, explica.
O secretário conta que no último sábado à noite foi feita abordagem para poder dar conta da demanda. “Eles são bastante pacíficos e educados, não fazem uso de substâncias. Pretendemos inclusive fazer uma campanha de orientação, estamos estudando, focados na população”, conta.
Ele aponta que foi criado um plano de ação, com objetivo de diminuir e até para dar uma resposta para a comunidade. “Brusque é uma cidade acolhedora, que ajuda muito. Seria uma orientação para que não dê esmola e não incentive. É isso que pretendemos orientar, pois temos o Centro POP, o Albergue, que tem tudo lá”, diz.
O secretário também afirma que a pasta faz a orientação para pessoas em situação de rua, inclusive sobre a Covid-19, com casos de pessoas encaminhadas para fazer o teste.
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