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Número de seguros-desemprego aumenta 10%

Cerca de 7 mil benefícios foram concedidos até setembro em Brusque

O Sistema Nacional do Emprego (Sine) de Brusque preencheu 7.027 requerimentos de seguro-desemprego de janeiro a setembro deste ano. Em comparação com os mesmos nove meses de 2014, o número é 10% maior – ou 652 solicitações a mais -, o que indica que há mais desempregados no município.

Ainda segundo estatística do Sine, no ano passado inteiro foram concedidos 8.178 seguros-desemprego, ou seja, em apenas nove meses, o ano de 2015 já atingiu 85% do total de 2014. Para se ter uma noção mais clara do crescimento, em 2014 foram preenchidos, em média, 685 requerimentos do benefício por mês, enquanto que neste ano a média é de 780, ou seja, 95 a mais.

Não bastasse o aumento expressivo no número de pessoas apelando para o seguro-desemprego após serem demitidas, de acordo com o coordenador do Sine, Ademir Hodecker, a quantidade de vagas ofertadas pelo serviço teve uma queda ainda mais brusca: cerca de 90%. Ele afirma que até o ano passado costumava trabalhar, em média, com 100 vagas para serem oferecidas aos usuários do sistema. Hoje, são dez, sendo que duas delas são restritas. Uma é para deficientes físicos e a outra não para contratação imediata, apenas seleção.

“Nós já temos excesso de procura para o que temos”, afirma Hodecker. Segundo ele, diariamente 150 pessoas vão até o Sine em busca de emprego ou de encaminhamento para o seguro-desemprego. A falta de vagas é, no fim das contas, é um dos fatores que causam este boom na concessão de seguros.

O governo federal estabeleceu um sistema no qual o trabalhador demitido é direcionado para um novo emprego, caso haja uma vaga disponível. Acontece que com menos oportunidades cadastradas há menos oferta e pessoas que não se encaixam no perfil recebem, diretamente, o seguro-desemprego, sem nem sequer fazer uma entrevista num novo emprego.

Outro fator é a falta de cursos do Pronatec. Segundo Hodecker, não há muitas capacitações disponíveis, então os demitidos também não precisam se qualificar. Resultado: mais benefícios concedidos e gastos para a União. Apesar disto, o coordenador do Sine diz que é possível que haja alguma melhora. “Se analisarmos, o Brasil tende a crescer no segundo semestre, mas as pessoas não estão mais acreditando, comprando. O momento é de retração”, avalia.

7.027
Requerimento de seguros-desemprego até setembro