Visitando David Bowie
Pelo jeito, todo 8 de janeiro será um dia especial. A tendência foi criada pelo próprio Bowie, que escolheu a data do seu aniversário para lançar seu último álbum, Blackstar, em 2016, dois dias antes de sua morte. Impossível deixar a data passar em branco.
Este ano, a comemoração vai ser nas lojas de aplicativos. A megaexposição itinerante David Bowie Is, que passou pelo Brasil em 2014, vira app, para alegria de quem teve o privilégio de vê-la ao vivo e para alívio de quem perdeu a oportunidade e vai poder, agora, desfrutar de cada uma das peças expostas, no conforto de seu smartphone. E ainda com a narração de Gary Oldman – lembrando que os dois trabalharam juntos no filme Basquiat e no clipe de The Next Day. São velhos amigos.
Sim, o app vai estar disponível para Android e iOS.
Saber que grandes experiências presenciais ganham uma outra dimensão online é alentador. A internet continua podendo ser usada positivamente.
A (não) morte anunciada
A tal da rapidez da vida moderna tem muitas vantagens, a gente sabe e não poderia negar. Mas também leva, facilmente, a erros feios. Informações equivocadas acabam sendo noticiadas pelos portais sem a devida apuração dos fatos, gerando um tipo diferente de fake news.
Foi o que aconteceu com Marcelo Yuka, na última sexta-feira. A morte do ex-baterista do Rappa, que ficou paraplégico em 2000, baleado por um assaltante, foi anunciada no Instagram pelo empresário do Planet Hemp, Marcelo Lobatto. Vários portais deram a notícia, sem checar. Em seguida, uma enxurrada de desmentidos: o músico sofreu um AVC, mas, até o momento em que essa conversa é digitada, continua vivo, embora seu estado seja grave. Já a prática jornalística…
Mas, como sempre, a virada trouxe mortes reais, que podemos lamentar sem riscos. Entre as más notícias, a morte da super simpática atriz Etty Fraser morreu no dia 31/12, aos 87 anos. R.I.P.
No vídeo, uma das lembranças que tenho dela, talvez a mais boba, como culinarista de TV.
Saudades do Henfil
De repente, sou atingida com a notícia de que, no último dia 4, foram completados 31 anos da morte de Henfil. Será que esse tempo todo resultou em um esquecimento? Será que temos que explicar para as novas gerações quem foi Henfil?
Da minha parte, da minha história pessoal, só posso dizer que os personagens criados por ele (mais a turma da Graúna, essa simpatia aí ao lado, do que os Fradims, no meu caso) foram importantíssimo, em uma época de aguardo pela volta da democracia e de se acomodar a ela.
Henfil, a pessoa, vítima dos primeiros tempos da Aids, faz mais falta do que suas criações. Talvez o documentário sobre ele, lançado agora em dezembro, ajude a lembrar e a entender. A gente precisa.