O Brusque de 2019 vai nos deixar, mas precisa ser eternizado na memória de todos
O título da Série D do Campeonato Brasileiro é o símbolo máximo da ascensão recente do Brusque nos cenários estadual e nacional, mas também significa o fim de um ciclo, do qual irá partir uma boa parcela do time que fez história e marcou época em um efêmero período compreendido por 17 partidas. Da estreia contra o Boavista (RJ), na primeira rodada da fase de grupos, até a épica Batalha de Manaus diante de 44.896 torcedores, foram apenas 104 dias.
Algumas perdas são inevitáveis, como a do zagueiro Magrão, que retorna ao Marcílio Dias após empréstimo, e a de Edílson, emprestado à Ponte Preta. Dificilmente retornará. Vários outros jogadores devem sair para clubes maiores, o técnico Waguinho Dias incluso. Ele diz que não houve contato oficial do Criciúma, mas é difícil acreditar que permaneça para a Copa Santa Catarina. Merece seguir adiante, como todo o time.
O clube tem que continuar de onde chegou com a conquista. Precisa seguir crescendo, repetir as fórmulas que trouxeram o título e dar passos maiores. Sem dependência extrema de um patrocinador ou outro, com investimentos para formação de jogadores e expansão das possibilidades de receitas.
Deste time, fica a história para os anos que virão. A história de todos aqueles que, na Arena da Amazônia lotada, diante de um ótimo time do Manaus, empataram uma final que parecia perdida e tiveram a concentração para converter todos os seis pênaltis necessários com toda a pressão do público recorde.
A primeira Série D
Em 2 de agosto de 2009, o Brusque empatava em 1 a 1 com o Corinthians Paranaense pela quinta rodada do Grupo A10 da Série D do Campeonato Brasileiro. Xipote abriu o placar para o Brusque no primeiro tempo, mas Diego Campos marcou o gol de empate. Na imagem, Gil domina a bola. Era a primeira edição da quarta divisão brasileira. Dez anos depois, a 11ª, encerrada ontem, foi conquistada pelo Marreco em um dia que voltará com honras à Memória do Esporte nos anos que virão.