O Brusque não permite sonhar no início de 2025

Clube vive momento cheio de turbulências, deixando um recorte de 2019 a 2024 para trás

O Brusque não permite sonhar no início de 2025

Clube vive momento cheio de turbulências, deixando um recorte de 2019 a 2024 para trás

João Vítor Roberge

É cada vez mais seguro afirmar que a fase que o Brusque iniciou em 2019 a 2024 acabou ou, no mínimo, está muito perto de acabar. A ascensão iniciada com o título da Série D, em 2019, encontrou um teto óbvio na Série B. O clube começou a fraquejar no rebaixamento de 2022, seguido de meses sem patrocinador master. Depois de 12 anos ininterruptos, a diretoria levou o clube até onde quis e pôde, mas chegou ao limite.

Demorar mais de 40 dias para contratar um técnico e ter que contar com nove jogadores da base apenas para completar o elenco são sintomas do quanto o Brusque não consegue se manter como antes. As dívidas estão acumuladas, os reforços são escassos.

Ao longo dos anos, não houve grupo no quadro de sócios estatutários que tenha se caracterizado como oposição ou sucessão à diretoria atual. Basta ver a quantidade de eleições com chapa única. A esperança de reverter a situação está na venda de uma SAF. Uma medida totalmente incerta, mas parece a única plausível.

E enquanto não é aplicada uma solução para o futuro do clube no curto e no médio prazo, o time faz o que dá dentro de campo. Há pouco mais que um time titular no elenco. O treinador Filipe Gouveia foi contratado em cima da hora e praticamente não fez pré-temporada. Dentro do contexto, empates sem gols com Marcílio Dias e Avaí são ótimos resultados.

Brigar por título, por vaga na final, por campanhas de topo como as de 2020 a 2023, é papo para outro momento com as condições que estão postas. O objetivo tem que ser escapar do rebaixamento no Catarinense e, se der para beliscar o G-8, ótimo. Pensar em Série C já vira futurologia demais.

E se não dá para sonhar alto no Catarinense, já há algo muito diferente da era de ouro dos últimos anos. É necessário compreender e alinhar as expectativas e cobranças de acordo com a realidade do momento.

Com tudo isto posto, diversas mudanças podem acontecer a partir de 30 de janeiro, com as reuniões do conselho deliberativo que vão definir se o Brusque criará uma SAF. Desta forma, 2025 começa como o ano mais nebuloso e instável do quadricolor em muito tempo.

Em campo

O Brusque fez um bom papel nas duas primeiras rodadas do Catarinense. Os erros de passe são quase incontáveis, a força ofensiva continua pífia, a defesa abre mais brechas do que deveria. Mas é difícil exigir qualquer coisa com tão pouco tempo de trabalho do treinador, com uma pré-temporada tão deficitária e com garotos da base sendo jogados ao fogo por necessidade.

Nesta quarta-feira, 22, o Brusque terá sua primeira partida no Augusto Bauer com a presença da torcida. O adversário é a Chapecoense, que vem de um empate com o Caravaggio e uma vitória sobre o Marcílio Dias.


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