O foco em 2019
O ano terminou com boas e más notícias para o esporte da cidade. Se por um lado o Brusque de Pingo fez uma péssima campanha no Estadual, escapando do rebaixamento na última rodada, o título da Copa Santa Catarina, com um time montado com atletas que estavam sob contrato longo com o clube, salvou o ano e garantiu uma verba boa para iniciar o trabalho no ano seguinte, apesar de que até agora o time não tenha se reforçado como devia (veja nota).
No esporte amador, a cidade fez a pior campanha nos Jogos Abertos em anos, mas trouxe resultados interessantes na Olesc, incluindo aí o troféu de campeão no voleibol masculino. A Fundação Municipal de Esportes (FME) prometeu investir. Estaremos aí para cobrar.
Ano de Palmeiras campeão brasileiro, com seu grande investimento, e do River vencedor da Libertadores turbulenta (para depois fazer vexame no mundial). Nem vai dar pra descansar muito, pois o estadual começa no dia 16 com calendário apertado devido à Copa América, que vai acontecer aqui no país.
Vamos que vamos. Aparar as arestas, ver o que saiu errado e consertar, e aprimorar o que deu certo. Há muito o que fazer. E que venha 2019. O tempo passa rápido: este colunista completará 20 longos anos escrevendo toda sexta-feira aqui nas páginas de O Município. Enquanto puder, continuarei por mais 10, 20, 30…
Bruscão
Estou levemente decepcionado com o que o Brusque apresentou de novidades para a temporada de 2019. Quando se esperava uma grande quantidade de novidades, nessa semana só apareceu uma, que na verdade nem é novidade: o volante Valkenedy. O Bruscão enfrentará o Fluminense de Itaum com a falta de jogador de criação, por exemplo. Enquanto o Brusque não apresenta reforços de verdade, os adversários vão se mexendo: Leílson, meia de boa passagem por aqui e que estava no CRB, assinará com o Tubarão.
Caixa
E não dá pra dizer que dinheiro é desculpa: Serão 500 mil reais em caixa com a participação na Copa do Brasil, mais 500 mil que entrarão da parcela da venda de Jorginho para o Chelsea, mais aproximadamente 200 mil dos direitos de TV do Catarinense. Mais de um milhão sem contar os patrocinadores. Apostar no time da Copa Santa Catarina para o Estadual é temerário.
Atlético
O Brusque enfrentará o Atlético-GO na Copa do Brasil, e penso que há uma chance bem razoável de passar pela segunda fase, caso o time se qualifique mais para a próxima temporada. O técnico é Wagner Lopes, que recentemente está no Joinville. O Dragão fez um péssimo estadual neste ano e acabou em sexto na Série B. Passa por reformulação no elenco e, entre as contratações, está o mediano goleiro Kozlinski, do Avaí. Dá pra passar, mas volto a bater na tecla: precisa qualificar mais o time.
Ronaldinho
A passagem de Ronaldinho Gaúcho por Brusque levou milhares de pessoas que pagaram (caro) ingresso para ver o jogo na Arena Brusque, mas também mostrou falta de consideração do ídolo e também de organização. O jogador chegou atrasado à “coletiva” que não aconteceu na Havan (que teve direito a repórter pedindo autógrafo na barriga), os organizadores não deixavam as crianças se aproximarem dele (um deles aparece gritando “sai!, sai!” na transmissão de TV), sem contar que ele deixou a quadra antes do intervalo e final do jogo, para evitar assédio dos fãs. Não é conduta de ídolo.
Evento
A Arena Brusque foi cedida gratuitamente aos organizadores, que usaram, levaram um bom dinheiro, e deixaram a limpeza pro pessoal da Fundação de Esportes fazer. Penso que regras precisam ser bem estabelecidas para o uso de um patrimônio público enorme como a Arena, assim como a secretaria de turismo tem normas novas para o Pavilhão da Fenarreco. Foi assim nesse jogo e no Grand Prix de Futsal, que fez a seleção brasileira jogar contra equipes de terceiro escalão do futsal mundial e rendeu uma bolada para os organizadores, sendo que a administração municipal não recebeu aluguel pelo evento. Essa política de ceder o salão de festas pros outros sem uma remuneração adequada para a FME precisa ser revista.