O futebol do Brusque vai na contramão da realidade brasileira
O acesso do Brusque à Série C do Campeonato Brasileiro é uma conquista engrandecida pelo futebol que apresenta o quadricolor. Não é normal, na realidade atual do futebol brasileiro, o que faz o Brusque dentro de campo.
O que se vê, salvo exceções raríssimas, são times medrosos. Equipes que, mesmo com elencos de qualidade, entregam a bola ao adversário e só sabem jogar quando acertam um contra-ataque. Quando abrem o placar, naturalmente recuam. O 1 a 0 tem se tornado goleada para muitos técnicos.
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Waguinho & cia ltda fazem o oposto. Ficou ainda mais claro contra o Boavista, nas oitavas, e contra a Juazeirense, no histórico 21 de julho. O quadricolor quer sempre o gol. E quando conquista a vantagem de que necessita, não se retrai. Não joga com o ritmo tão alto, mas continua adiantado, tenta evitar que a bola se aproxime de sua área. É um time responsável, que quer devorar as esperanças de reação do adversário.
Foi assim que, com o 1 a 0 contra o Boavista, pôde marcar mais duas vezes, aproveitando momentos importantes. Foi assim que, após os dois gols de Júnior Pirambu no histórico 21 de julho, o time marcou mais dois gols no segundo tempo. É um time impiedoso, corajoso, que tem em mente um futebol esquecido por muitos clubes e treinadores em times de primeiro escalão nacional.
É bom que se saboreie, que se aproveite este time histórico, que agora luta pelo título da Série D. Afinal, sabe-se lá por quanto tempo mais esta equipe, hoje recheada de ídolos, permanecerá vestindo o manto quadricolor. É grande a visibilidade que uma campanha como esta traz.
O que a diretoria precisa fazer é trabalhar pela Série C desde já, buscando um planejamento à altura e investimentos muito maiores. O quadricolor começa a explorar universos totalmente diferentes do usual Catarinense-Série D-Copa SC, e precisará de combustível para continuar voando cada vez mais alto. A nova missão é o título da Série D.
O Ourinho de 1995
Este é esquadrão do Clube Esportivo Ourinho, de Botuverá, em 1995. A equipe conquistou títulos em diversos torneios, e no Campeonato Municipal de Futebol Amador ficou com o quinto lugar. Em pé: Mano, Nando, Jair Conaco, Conaquinho, Jair Barni, Éder Leoni, Renato Martins, Osnir Rezini, Leonir Rezini e Adelino Barni. Agachados: Maro, Neco, Idamar, Valdo, Joven, Tcheri, Zé Amaro e Bugre.
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