Giralda Seyferth, professora, escritora e pesquisadora, nasceu em Brusque no dia 01/04/1943 e desviveu no dia 06/04/2017, na cidade do Rio de Janeiro, aos 74 anos. O velório foi realizado as 10h00 do dia 7 de abril de 2017, no Memorial do Carmo, Rio de Janeiro. Filha mais velha de uma família de 7 filhos, Giralda saiu jovem de Brusque para estudar. Era uma pessoa de hábitos simples, muito recatada e gostava de ser identificada como “pesquisadora” atividade que de fato marcou a sua vida. Seu foco era Antropologia e soube deixar um legado histórico sobre a questão da imigração alemã.
A Família
Solteira, sem filhos, Giralda era a filha primogênita do casal Erwin Seyferth e Íris Gevaerd Seyferth. O pai auxiliava o cunhado Ayres na Relojoaria Gevaerd. A mãe era conhecida como “bordadeira de mão cheia”, famosa pelos seus trabalhos primorosos e uma “Super Mutter” que os filhos adoravam. Giralda tinha seis irmãos (1) Rubens, popular “Pingo”, falecido em 2014; (2) Bruno, falecido em 2016; (3) Maria Emília, mais conhecida como “Kluqui”; (4) Maria Luiza; (5) Mirna e (6) Valter.
Formação acadêmica:
Giralda Seyferth graduou-se em História pela Universidade Federal de Santa Catarina (1965); fez mestrado em Antropologia Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1973). Fez doutorado em Ciência Social pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1976), quando defendeu a tese denominada “Nacionalismo e Identidade Étnica “.
Atividades profissionais:
Giralda galgou o posto de Diretora do Museu Nacional do Rio de Janeiro. Tinha experiência na área de antropologia, atuando nos temas: colonização, imigração, imigração alemã, nacionalismo e racismo. Era professora permanente do Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social, Museu Nacional, UFRJ e professora aposentada do Departamento de Antropologia, Museu Nacional-Universidade Federal do Rio de Janeiro.
A Historiadora e suas obras
Giralda Seyferth dedicou grande parte de seu tempo ao estudo da história. Publicou, dentre outras, as seguintes obras: (1) A colonização alemã no Vale do Itajaí; Nacionalismo e Identidade Étnica; (2) Imigração e cultura no Brasil; (3) Mundos em Movimento: Ensaios sobre migrações, e (4) Estudos sobre a Imigração Alemã no Brasil. Também publicou inúmeros artigos excepcionais sobre imigração.
O despertar para a pesquisa histórica.
A mãe de Giralda, Dª Iris, Iris era irmã do saudoso historiador Ayres Gevaerd, idealizador da Casa de Brusque. Giralda auxiliou seu tio Ayres nas pesquisas e colaborou nas edições iniciais da Revista Notícias de Vicente Só.
Deixou importante contribuição histórica sobre a colonização alemã, principalmente no livro “A colonização alemã no Vale do Itajaí: um estudo de desenvolvimento econômico”, publicado em 1974, sob os auspícios da Sociedade Amigos de Brusque (SAB) em homenagem ao Sesquicentenário da Emigração Alemã no Brasil.
Homenagem final.
Algumas palavras de integrantes da Sociedade Amigos de Brusque e de Apoio ao Museu Histórico do Vale do Itajaí Mirim (SAB/Casa de Brusque), em homenagem à Giralda Seyferth, por ocasião de seu passamento:
“Deixa um legado histórico fidedigno sobre a nossa cultura. Perda irreparável na história de Brusque” (Roque Luis Dirschnabel).
“Com certeza, a Professora Giralda soube enaltecer nossa região e principalmente a profissão de ensinar e de escrever para a história” (Gilson Ávila Hulbert).
“Perda irreparável para nossa História. Brusque deve muito a ela. Que descanse na Paz de Deus” (Ricardo José Engel).
Gratidão, Giralda Seyferth!