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O milagre de Hiroshima

No dia 06 de agosto de 1945, foi lançada a bomba atômica, em Hiroshima, Japão. Um dos episódios mais dramáticos e tristes da história da Humanidade. Foi, sem dúvida, um dos momentos mais significativos e traumáticos do resultado negativo da ideologia iluminista-positivista da Modernidade, escudado no otimismo utópico do progresso da razão humana, graças às […]

No dia 06 de agosto de 1945, foi lançada a bomba atômica, em Hiroshima, Japão. Um dos episódios mais dramáticos e tristes da história da Humanidade. Foi, sem dúvida, um dos momentos mais significativos e traumáticos do resultado negativo da ideologia iluminista-positivista da Modernidade, escudado no otimismo utópico do progresso da razão humana, graças às descobertas do método cientifico, por meio da Ciência e da Técnica. Embora o descobridor do processo de utilização da potência do átomo, não ter em seus planos usá-lo para essa finalidade de destruição, sobretudo para destruir vidas humanas, outra ideologia política se serviu dela para essa finalidade.

Além de Hiroshima também em Nagasaki foi lançada outra bomba atômica, no dia 09 de agosto. Em ambas morreram cerca de 246 mil pessoas, a metade faleceu no momento do impacto e o restante das pessoas, algumas semanas depois, pelos efeitos da radiação. É interessante observar, para quem crê e levando em conta que eram as duas cidades japonesas, consideradas mais católicas, o lançamento da bomba de Hiroshima coincidiu com a Solenidade da Transfiguração do Senhor (06 de agosto) e a rendição do Japão ocorreu no dia 15 de agosto, solenidade da Assunção da Virgem Maria.

A Redação Central da ACIdigital, no dia 06 de agosto de2024, publicou em sua plataforma um comentário sobre o que ocorreu naquele dia. Partilharei, em seguida, uma parte deste relato com o caro leitor e a estimada leitora.

“No dia 6 de agosto de 1945, festa da Transfiguração, muito perto de onde caiu a bomba “Little Boy”, quatro sacerdotes jesuítas alemães sobreviveram a esta catástrofe e a radiação – que matou milhares de pessoas nos meses seguintes – não causou nenhum efeito neles. Esta história, documentada por historiadores e médicos, é conhecida como o Milagre de Hiroshima.

Os jesuítas Hugo Lassalle, superior no Japão, Hubert Schiffer, Wilhelm Kleinsorge e Hubert Cieslik, estavam na casa paroquial da Igreja jesuíta de Nossa Senhora da Assunção, em um dos poucos edifícios que resistiu à bomba. No momento da explosão, um dos jesuítas estava celebrando a Eucaristia, outro tomando café da manhã e o outros estavam nos arredores da paróquia.

O padre Hubert Cieslik escreveu em um jornal que só sofreram pequenos ferimentos por causa de cristais quebrados, mas nenhum efeito da radiação, nenhuma perda de audição, nem qualquer outro dano.

Os médicos que atenderam os jesuítas, alguns dias após a explosão da bomba, lhes advertiram que a radiação recebida lhes causaria lesões graves, assim como doenças e inclusive uma morte prematura.

Mas, este prognóstico nunca aconteceu. Não desenvolveram nenhum transtorno e em 1976, exatamente 31 anos após a explosão da bomba, o padre Schiffer foi ao Congresso Eucarístico na Filadélfia, relatou sua história e disse que os quatro jesuítas ainda estavam vivos e sem nenhuma doença. Foram examinados por dezenas de doutores cerca de 200 vezes ao longo dos anos seguintes e nunca encontraram em seus corpos qualquer consequência da radiação.

Os quatro religiosos nunca duvidaram de que tinham gozado da proteção divina e, em particular, da Virgem: “Nós acreditamos que sobrevivemos porque estávamos vivendo a Mensagem de Fátima. Nós vivíamos e rezávamos o Rosário diariamente naquela casa”, explicaram.

Todos os anos, entre os dias 5 e 15 de agosto, o país celebra uma oração pela paz.”