O Município resgata primeira notícia que estampou a capa do jornal há 65 anos
Matéria faz comparativo da festa da Paróquia São Luís Gonzaga de 1954 com a edição de 2019
Há exatos 65 anos era publicada a primeira edição do jornal O Município. O exemplar trazia na capa um artigo explicando a ideia para criação do periódico, à época semanal. Ao lado, estava a primeira notícia, enquadrada na sessão “Pequenas notícias”, que trazia um balanço da tradicional festa da Paróquia São Luís Gonzaga. Para celebrar a data, o jornal O Município realiza um paralelo entre as festas de 1954 e 2019.
Conforme o pesquisador Paulo Kons, o padroeiro São Luís Gonzaga foi escolhido em 31 de julho de 1873. Após um ano, foi realizada a primeira festa. “Por óbvio, a primeira festa litúrgica do santo padroeiro houve uma comemoração, isso era normal como ainda é hoje. Na época se comemorava no dia do padroeiro, em 21 de junho”, diz.
A notícia de 1954 informava que o evento estava “bastante concorrido” e que reuniu um número expressivo de pessoas, mas não foi divulgado o público total do evento.
Conforme Rita de Cássia Conti, responsável pelo Conselho Paroquial de Pastoral (CPP) e coordenadora dos festeiros, a conta para saber quantas pessoas passaram pela festa é feita com base nas vendas de cartões e pratos quentes. Segundo ela, foram vendidos mais de três mil pratos quentes e aproximadamente 1,5 mil pratos de churrasco em 2019.
“Se contar que um prato de churrasco dá para duas pessoas, por baixo dá mais de 3 mil. Então temos 6 mil pessoas, fora quem comprou bolos e cachorro-quente. Acho que chegamos perto de 8 mil a 10 mil pessoas”, afirma.
Outra informação apresentada na primeira edição do jornal é que a arrecadação da festa foi de Cr$ 240 mil (cruzeiros).
De acordo com o pároco da igreja, Dimoar Romaniv, neste ano a festa arrecadou mais R$ 200 mil brutos. O dinheiro será destinado à manutenção da igreja durante todo o ano. O valor também será utilizado para quitar a reforma da cozinha do salão de festas. Além disso, existe um projeto para revitalização do salão de festas, das salas de catequese e do estacionamento da paróquia.
“A principal razão é para manutenção ordinária anual, que somados com as ofertas e o dízimo nos ajudam a pagar as contas fixas”, explica.
A notícia é finalizada informando os nomes dos quatro festeiros na festa de 1954: Odete Ritzmann, Mercedes Walendowsky, Arno C. Gracher e Ariberto Diegoli. O texto também informa que para a festa de 1955 foram escolhidos seis festeiros: Yvone Renaux, Iracy Alves Werner, Ines Schoening, José Germano Schaefer, Dr. Altevir Caron e Luiz Franciosi.
Em 2019, a festa do padroeiro contou com 166 festeiros. O número foi considerado um recorde pela organização. Os festeiros têm o papel de comprar cartões dos pratos oferecidos na festa, além de contribuir com R$ 100 para realizar o evento.
“Muitos festeiros e empresários fizeram doação em dinheiro para ajudar a comprar carne e o frango. O povo daqui é muito generoso. Tivemos boas doações, foi muito espontâneo e isso gera um valor muito legal e um valor limpo para igreja. O fundamental é que trazem a família e movimentam a festa”, explica Rita.
Para o próximo ano, Rita afirma que muitos já procuraram a organização para informar que permanecerão como festeiros na festa em 2020. Ela já tem mais de 50 nomes que estão interessados em se compromete com a função.