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“O principal desafio é a crise financeira que o município se encontra”, diz Andrea Volkmann

Diretora do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) explica as prioridades para 2018

De perfil técnico, Andrea Volkmann é a diretora geral do Departamento Geral de Infraestrutura (DGI), uma das pastas mais importantes na estrutura da prefeitura, pois é por ali que passam os convênios e emendas parlamentares para obras.

Andrea diz que o maior desafio para a administração municipal é a crise, porque todas as obras, mesmo as federais, têm contrapartida do município, que está com poucos recursos em caixa.

A diretora mantém perfil técnico à frente da pasta e diz que não se envolve em política a não ser em busca de recursos. Ela pretende continuar no DGI neste ano de eleições.

Principal desafio
“O principal desafio é a crise financeira que o município se encontra. Porque, apesar de termos dinheiro de convênios, para todos eles damos contrapartida.

Toda obra tem um valor de reajuste. Mas esse reajuste é responsabilidade do município, a Caixa não reajusta projeto antigo. Um exemplo é o PAC Drenagem.

Outro exemplo são as Unidades Básicas de Saúde. Minha maior dificuldade para concluí-las é que as empresas tinham licitações antigas e não há reajuste. A contrapartida é a maior dificuldade, um quebra-cabeças que temos que montar”.

Ruas prioritárias
“Neste ano vamos trabalhar em cima da rua José Dada, rua João Batista e Silva e rua Poço Fundo, para a aprovação na Caixa. Os projetos incluem drenagem, pavimentação e passeios.

Com relação à rua Beira Rio, a antiga DJ-003, que tem uma ponte inclusa neste convênio, estamos vendo o projeto e falando com o proprietário do terreno, para ver se mudamos o traçado ou não. O que fizemos ano passado é ver o custo da ponte.

Posso transferir o local para uma ponte com dimensões diferentes, ainda não chegamos a esse acordo, para apresentar à Caixa, mas é uma prioridade para este ano.

A rua Abraão Souza e Silva já teve o projeto enviado para licitação e a obra começa neste ano. A pavimentação da rua Alberto Muller também deve acontecer neste ano. Neste primeiro semestre, vamos enviar à Caixa a pavimentação da rua José Dubiella, a Serrinha”.

Praça Barão de Schneeburg
“Estamos finalizando os projetos para sanar a questão da emenda parlamentar [do deputado Rogério Mendonça, o Peninha]. A princípio, faremos o piso, a infraestrutura para iluminação, os meio-fios e os tachões. Vai mudar o desenho da praça.

No nosso projeto, temos um pergolado com a locação dos quiosques já definidos. Mas vamos ver se o município terá recurso para fazer já, porque o dinheiro da emenda não é suficiente para isso. Estou, a princípio, trabalhando com o dinheiro da emenda. Estamos trabalhando para conseguir o restante dos recursos, também por meio de emenda parlamentar.

Nós queremos padronizar as fachadas das casas. Existe uma conversa com os moradores de fazer um incentivo fiscal, para que haja essa parceria entre poder público e privado. Eles reformulariam as fachadas e teriam benefícios fiscais, mas ainda está em fase de discussão”.

Avenidas Beira Rio
“Solicitamos o recurso de mais ou menos R$ 24 milhões para a Beira Rio. No dia 1 de dezembro, recebemos a notícia que fomos pré-selecionados para receber todo o valor para a margem esquerda.

Agora estamos trabalhando para a aprovação na Câmara e para a aprovação dos projetos técnicos pelo BRDE [Banco de Desenvolvimento da Região Sul].

Os R$ 4 milhões do Badesc para a margem direita [canal extravasor] já conseguimos, até o limite do município. Vamos deixar executado.

O que estamos fazendo agora é verificar se conseguimos o dinheiro por meio do Fundam para executar a calha viária e todos os projetos de drenagem, pavimentação, iluminação e sinalização. O canal extravasor é questão de terraplanagem do terreno”.

Impacto das eleições
“Infelizmente, apesar de ser técnica, estou envolvida no lado político, porque a liberação de recursos depende da boa vontade de quem criou a emenda parlamentar.

Dependendo da situação, a eleição pode comprometer, mas eu espero que não. Espero que venha ocorrendo como até hoje. Estamos tendo um bom acesso”.

Futuro pessoal
“Minha área é técnica e estou numa área totalmente técnica. Minha tendência é ficar aqui, para que o pessoal que trabalha comigo tenha essa garantia de que os serviços sejam executados de forma adequada e correta. O prefeito solicitou que a parte técnica seja muito bem feita”.

Obras em vista
“Estamos em busca do dinheiro para a ponte do Centro. Pode ser que a liberação dos recursos aconteça. Estamos vendo o poder de endividamento do município e pesquisando.

Vamos correr atrás do recurso para a creche do Bateas. Já temos o projeto pré-definido. O município já se inscreveu no PAR [Programa de Ações Articuladoras], mas ainda não abriu para financiamento.

O projeto é construir no mesmo terreno uma escola nova, com dois pavimentos e possibilidade de construção de mais salas no futuro. A escola onde é hoje será readequada para a utilização da creche. Dentro do mesmo parque, teria a situação bem resolvida”.

2017
“Foi um ano de conhecimento de todos os convênios que existiam, qual fase estavam e como faria para tocar com os recursos que havia. Foi um desafio porque a parte operacional estava aqui, mas os cabeças de chave não estavam mais. Tivemos que buscar as informações para dar continuidade.

A partir da metade do ano as coisas começaram a acontecer de forma mais natural e eficiente. Tivemos muitos desafios para ajeitar a casa. A parte boa é que os efetivos que ficaram tinham muitas informações para passar à diretoria, que passou ao gabinete, para a tomada de decisões”.