“O problema não está só no hospital, está na saúde pública que é ineficiente”, diz Marcos Deichmann
Vereador comentou a demora no atendimento do pronto-socorro do Hospital Azambuja no fim de semana
A demora no atendimento do pronto-socorro do Hospital Azambuja no fim de semana, foi um dos assuntos discutidos na sessão da Câmara de Brusque nesta terça-feira, 26.
O vereador Marcos Deichmann (Patri), que também é funcionário do hospital, destacou a longa espera dos pacientes por atendimento, principalmente no último domingo, 24, que chegou a ultrapassar sete horas.
Para o vereador, o problema que aconteceu no pronto-socorro do hospital é reflexo do trabalho desempenhado pelas unidades básicas de saúde do município. De acordo com ele, o sistema de grupo de risco implantado no hospital é uma exigência do contrato com a prefeitura. O vereador lembra que o pronto-socorro é destinado apenas para urgências e emergências, entretanto, devido à falta de atendimento nas UBS, a demanda acaba caindo no hospital.
“A maior reclamação que chega para os vereadores são sobre as UBS, que não tem médico, não tem atendimento, que demora 60 dias para um exame. Se a pessoa procura o hospital, é porque ela está doente, ela não pode prever quando vai ficar doente. Na UBS a consulta é por agendamento, quando chega a vez dela já não adianta mais”, diz.
Deichmann destaca que o maior atendimento do pronto-socorro do Azambuja hoje é ambulatorial porque as unidades básicas não cumprem sua função. “Não discordo da população que está reclamando, mas o foco está sendo só no hospital, mas o problema não está só no hospital, está na saúde pública que é ineficiente. As UBS não funcionam e sobrecarregam o hospital, que não atende só Brusque”.