O que o novo censo do IBGE mostra sobre a produção agropecuária em Brusque e região
Resultados preliminares do censo agropecuário foram divulgados na semana passada
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou na semana passada os dados preliminares do Censo Agropecuário de 2017, que traz informações atualizadas sobre a situação da produção agrícola no país.
Os números de Brusque revelam um crescimento, tanto na área plantada quanto na quantidade de produtores, em relação ao último relatório divulgado, relativo ao ano de 2006.
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Naquele ano, eram 69 os estabelecimentos agropecuários existentes no município; hoje, de acordo com o novo censo, são 105. Apesar do número maior de produtores, o total da área plantada aumentou em menor proporção: de 2.676 para 2.869 hectares.
De acordo com Ronaldo Luiz Pedroso, coordenador de sub-área do escritório do IBGE de Brusque, os dados são preliminares, e novas informações devem ser disponibilizadas até o começo de 2019.
Ele afirma que, de forma geral, não houve grandes surpresas nos dados obtidos das cidades da região, em relação ao que esperavam os técnicos do IBGE. Ao passo em que algumas lavouras diminuíram, outras foram surgindo nesse período.
O coordenador destaca, na região de abrangência do IBGE local, o crescimento da silvicultura (plantio de árvores), e o investimento na produção de palmito, que antes não era tão evidente, assim como crescimento da pecuária na região.
O IBGE de Brusque, além do município, foi também responsável pelo censo em Guabiruba, Botuverá, Canelinha, Tijucas, Major Gercino, Nova Trento e São João Batista.
Como foi feito o censo
O trabalho do IBGE serve para se identificar a quantidade e a qualidade da produção agrícola do município. Ele mostra quais são os produtos existentes, o quanto se produziu e com qual grau de tecnologia, além de fornecer dados sociais sobre os trabalhadores do campo.
As entrevistas iniciaram em outubro do ano passado, e foram finalizadas em fevereiro deste ano. Para facilitar o serviço, o IBGE formou comissões com representantes de cada um dos municípios, que auxiliaram na coleta de dados.
Houve casos, por exemplo, em que os agricultores ficaram desconfiados dos profissionais do IBGE ou não quiseram receber a equipe, e foi preciso ajuda da comissão para que a coleta de dados fosse levada a cabo.
Todas as entrevistas tiveram seus locais e horários registrados em um ponto de GPS, de forma que foi possível a criação de um mapa das propriedades rurais da região.
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De acordo com Pedroso, nas propriedades mais próximas à área urbana é mais fácil a identificação, tendo em vista que a prefeitura possui mapas. Nas áreas mais afastadas, entretanto, os caminhos são mais tortuosos.
“Na área rural tem estradas que aparecem e desaparecem dependendo do uso das pessoas”, explica o coordenador.
Nesta reportagem, O Município traz os principais dados do Censo Agropecuário de Brusque, Guabiruba e Botuverá, nos quais constam as informações mais atualizadas sobre a agricultura e a pecuária dos municípios. Cabe ressaltar, novamente, que os dados são preliminares e estão sujeitos a alterações.