Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O que sobrou de tudo isso?

Pe. Adilson José Colombi

Professor e doutor em Filosofia - [email protected]

O que sobrou de tudo isso?

Pe. Adilson José Colombi

Nosso país, há tempo, está preso a um (a) personagem que leva o nome de Luiz Inácio Lula da Silva. Não consegue se livrar dessa situação porque são muitas as pessoas, movimentos, instituições, parte da imprensa e até outros partidos políticos que estão interessados em promover sua contínua presença, a fim de auferir alguns dividendos. Tirar algum proveito para si ou para seus simpatizantes ou partidários da mesma ideia.

Todavia, chegou-se, enfim, a uma certa conclusão: a prisão de Lula. Para alguns, já é o suficiente. Outros, porém, é apenas uma etapa ou capítulo de uma novela. Vai prosseguir. Tem outros capítulos. Como? Não há uma linha traçada visível. Existem conjeturas. Qual vai prevalecer ainda não se tem certeza. A única certeza que se tem, hoje, ele está preso em Curitiba (Estou escrevendo, segunda feira, dia 09/04).

Mas, de tudo isso o que sobrou? Bem, a primeira coisa que me ocorre registrar é que o Brasil ou, melhor dizendo, a população brasileira resultou mais dividida entre “nós” e “eles”. Divisão patrocinada pelo próprio partido PT e principalmente pelo seu líder maior e praticamente “dono do partido”: o Lula. Isso apareceu bem nitidamente em todas as falas dele ao longo de toda a sua trajetória, como candidato aos cargos que disputou e também enquanto esteve como presidente da República, em Brasília. Até o último discurso, feito antes de se entregar à Polícia Federal, fez questão de continuar a fazer o que sempre fez, em todos os palanques que frequentou, fomentar a divisão entre “nós” e “eles”. Esse foi talvez o grande “legado” deixado aos seus apoiadores. E certamente vão corresponder ao pedido, continuando a praticar o que sempre fizeram ao longo de todo esse tempo da existência do PT: encontrar pretextos para marcar sua presença sempre. Muitas vezes, com mais ou menos violência.

Contudo, a meu ver, a maior sobra de toda essa “história triste” de nosso país foi a conta já paga, em parte, e a que temos de pagar. Estou falando ou escrevendo da conta em dinheiro mesmo pelo custo de tudo isso. E não foi e não será pouco. São milhões e milhões. É só pensar em os custos da infinidade de pessoas relacionadas aos tribunais acionados, com tudo o que isso compreende policiamento de toda ordem com milhares de pessoas envolvidas por dias inteiros, transportes e translatos, juízes, promotores, advogados, enfim é um montante quase impossível de computar. Mas, que é imenso ninguém duvida.

O pior de tudo isso é que o povo brasileiro já foi lesado gravemente com a corrupção realizada e provada fartamente pelas investigações feitas e pelas provas irrefutáveis conseguidas. E o povo está pagando o “rombo” provocado pela corrupção, no dinheiro de nossos pesados impostos. A pior paga, porém, é aquela que, sobretudo, os mais pobres estão pagando com a falta de atendimento adequado na saúde, na educação, na mobilidade urbana, na infraestrutura em geral, nas rodovias, etc.

E, agora, o mesmo povo que já pagou ou vai pagar ainda tem que pagar todo esse montante que já foi gasto com todo esse processo contra o Lula e todos os processos provocados por causa de seu governo e de sua “criatura política”: o desastrado governo Dilma. Pobre povo! Além de aturar os governos ainda tem que, dias e dias, ficar sendo quase “obrigado” a acompanhar todo esse processo porque não há muita outra opção para os menos favorecidos pela situação de nossa realidade sociocultural.

O que sobrou de tudo isso? Sem dúvida, não foi uma boa herança. Essa, sim, merece ser carimbada pela expressão cunhada pelo próprio Lula: é uma “Herança Maldita” (maiúscula). Supermaldita! Ressalvo ao caro leitor e estimada leitora que o que foi dito é uma pequenina parcela dessa herança maldita. É bem mais ampla.

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