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O que você lê?

É uma pergunta que se escuta pouco. Aliás, tem outra pergunta anterior a essa. Você tem o bom e salutar hábito da leitura? Já é lugar comum, a afirmação que: “brasileiro (a) não é de leitura!”. Será bem assim? Creio que há uma pitada de pessimismo, nessa questão. Embora conceda que haja muito de verdade. […]

É uma pergunta que se escuta pouco. Aliás, tem outra pergunta anterior a essa. Você tem o bom e salutar hábito da leitura? Já é lugar comum, a afirmação que: “brasileiro (a) não é de leitura!”. Será bem assim? Creio que há uma pitada de pessimismo, nessa questão. Embora conceda que haja muito de verdade. Mas, parece-me que algo esteja mudando. Embora estejamos bem abaixo do que seria louvável e necessário para que o povo tivesse mais acesso a uma leitura de qualidade. Isto ocorre por vários motivos. Inclusive, por falta de motivação e estímulo nas escolas, além de meios monetários para adquirir livros. Que por sua vez não são tão dentro da possibilidade do orçamento pessoal ou doméstico. Entre outros, o leitor (a) também pode elencar os seus.

Sabe-se que ler é uma forma de descortinar outras formas de ver a realidade que nos cerca, que nos rodeia. Não resta a menor dúvida que um hábito de leitura, desde que seja bem conduzido e com critérios sérios de seleção de temas e autores abre janelas para a compreensão da realidade circunstante, com um olhar diferenciado. É claro que para que a leitura seja agregadora de benefícios, é não só importante, mas necessário que o leitor ou leitora forme, pouco a pouco, uma linha de pensamento e ação mais ou menos estável.

Nada, porém, fossilizado, sem possibilidade de reparos ou até mudanças de visões. Apenas, aceno para tal recurso para poder ter alguma consistência em seus juízos de valor ou de avaliação a respeito do que está a ler e também para poder selecionar o que pode corroborar sua posição ou até questionar esse próprio posicionamento. Trata-se, portanto, de possuir um ponto de referência para suas leituras. Desta forma, a leitura será sempre enriquecedora e auxiliar imprescindível no desenvolvimento de ser humano, em sua vida de reflexão e ação.

É bem verdade que a leitura é informativa e também formativa. Normalmente, a leitura nos mostra, ao menos em parte, o que somos e o que buscamos. De fato, não lemos muito longe de quem somos. Basta observar o que as pessoas leem, em primeiro, lugar quando abrem um jornal ou revista. Tem aquele (a) leitor (a) que vai direto à página esportiva. Outro, à policial. Outro ainda, ao horóscopo ou à política, ou à moda… Outros leitores (as) já buscam outros conteúdos, não se contentam, apenas, com informações variadas. Buscam livros que alimentem a mente. Que proporcionem material para a reflexão e lhe ofereçam possibilidade de ampliação de horizontes. Mais ainda, alimentem sua existência inteira. Sejam até luz para seus passos.

A leitura, quando feita com critérios sérios, abre novos horizontes, começando por favorecer o autoconhecimento do próprio leitor (a), além do seu desenvolvimento cognitivo, com a possibilidade de torná-lo mais sábio (a), não somente mais informado e instruído. Se você que lê o que escrevi e é pai ou mãe, não descure em auxiliar a seu filho (a) em adquirir o hábito da leitura. Não só lhe dê o exemplo de ler, sempre que puder, mas também presenteie com livros, adaptados a sua fase de crescimento como pessoa humana. Se seu filho ou sua filha for motivado desde pequeno, certamente, estará motivado para a vida toda. Será uma bela “herança” ou excelente “caderneta de poupança” para seu filho (a). Um dia será agradecido (a).