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O Rei do Pop e o Dia Mundial do Vitiligo

Michael Jackson começou a cantar e dançar aos 5 anos de idade e em seguida iniciou sua carreira profissional. Logo lançou uma carreira solo e foi mundialmente reconhecido como “O Rei do Pop”. No início dos anos 1980, foi o primeiro cantor afro-americano a ser exibido com frequência na MTV e é citado como “o maior ícone negro de todos os tempos”.

Muito se especulou sobre a mudança de cor da pele de Michael e, em 1993, ele levou a público a informação de que era portador de vitiligo. Infelizmente, a informação também foi confirmada por um menino de 13 anos, em relato à polícia, dizendo ter sofrido abuso sexual do cantor. Segundo o menino, Jackson possuía “testículos marcados por manchas rosa e marrons, como uma vaca” e “grandes manchas marrons em seu glúteo esquerdo”.

Isso explica a mudança de cor do astro, já que quando o vitiligo se alastra por grande parte da pele, uma das opções de tratamento é despigmentar toda a pele. Porém a despigmentação tira a proteção da pele contra a radiação ultravioleta e não é completamente uniforme, o que justificaria o fato de o cantor estar sempre com guarda-chuva, luvas e maquiagem.

O cantor faleceu em 25 de junho de 2009 e a data foi escolhida para ser lembrada anualmente como o Dia Mundial de Combate ao Vitiligo.

O vitiligo é uma doença que causa manchas brancas na pele, de vários tamanhos e em qualquer parte do corpo. A doença pode ser um tanto estigmatizante, muitas vezes pela dificuldade e preocupação em esconder as manchas. As manchas não coçam, não doem, não acometem órgãos internos e, o mais importante, não são contagiosas!

Em dias em que o preconceito e discriminação acontecem diariamente, o apoio aos portadores é essencial. Uma parte muito importante do tratamento é aprender a lidar com a doença e para isso é fundamental que a população também a conheça. Já que, como diz a campanha, “o preconceito mancha bem mais”.

 

 

Martina Dalcegio – Dermatologista