Cidade cortada pelo rio Itajaí-Mirim e abundante em ribeirões e nascentes, Brusque é privilegiada quando o assunto é água. No entanto, para que essa riqueza seja mantida é necessária a conscientização da população.
Com o objetivo de ajudar neste processo, O Município e o Centro Universitário de Brusque (Unifebe) realizaram, em parceria, a análise da qualidade da água em 12 pontos do rio e de ribeirões da cidade. A Gruta de Azambuja também foi analisada, mas de uma forma diferente, pois se trata de água para o consumo humano direto, ou seja, sem tratamento.
Foram coletadas amostras do rio Itajaí-Mirim no Santa Rita (ponte do Trabalhador), Limoeiro, Jardim Maluche e Cristalina. Já os ribeirões foram analisados nos seguintes bairros: Bateas, Cedro Alto, Dom Joaquim, Limeira, Santa Luzia, São Pedro, Volta Grande e Zantão.
As análises foram feitas pela técnica do Laboratório de Química da Unifebe, Elisabete Debatin. Todos os procedimentos foram feitos por ela, em observância às normas técnicas vigentes e impostas pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), e pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) quando o assunto é análise da água.
A professora e coordenadora do curso de Engenharia Química, Daniele Vasconcellos de Oliveira, supervisionou o trabalho de coleta e análise. O Município também esteve nos locais e fez os registros.
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Rio poluído
Daniele explica que a resolução 274, de 2005, foi usada como parâmetro para os resultados das análises laboratoriais, assim como a resolução 357, do Conama. Nela, constam valores referenciais de substâncias que podem estar presentes na água.
Com base nesses dados, constatou-se que em todos os pontos do rio ou dos ribeirões foi detectada a presença de fenol, fosfato e cobre, indício de despejo de esgoto ou resíduos industriais na água sem o devido tratamento.
No caso do ribeirão que cruza o Limeira, o teste apontou alteração acima do aceitável para 17 parâmetros. A provável causa do resultado díspar é que um morador do entorno tenha mexido numa lagoa nas redondezas pouco antes da coleta.
A professora Daniele explica que a contaminação da água geralmente acontece por ação humana, contudo em alguns casos é algo natural. “Essa contaminação pode acontecer por várias situações, tanto por ação do homem quanto pela natureza. Por exemplo, o escorregamento de lama pode causar a alta turbidez e mudança de coloração”, exemplifica, citando que é necessário analisar caso a caso.
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