Obra da creche do Senac ficará mais cara

Laudo técnico apontou a necessidade de reforço na estrutura, que será feito por aditivo ou nova licitação

Obra da creche do Senac ficará mais cara

Laudo técnico apontou a necessidade de reforço na estrutura, que será feito por aditivo ou nova licitação

A obra do Centro de Educação Infantil (CEI) Hilda Anna Eccel, que funcionará no prédio onde ficava o Senac, no Jardim Maluche, poderá ficar mais cara e levar ainda mais tempo para ficar pronta. Como o jornal Município Dia a Dia informou em março, a estrutura, que está em obras há mais de um ano, apresentou vários problemas estruturais. O Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) está reavaliando o projeto e, ao que tudo indica, um reforço precisará ser construído, o que elevará o custo da obra.

Na semana passada, a equipe de engenheiros do DGI fez uma reunião com os representantes da empresa e chegou a duas conclusões: a primeira é que será necessário um reforço estrutural para corrigir as inconformidades encontradas no espaço atualmente, a segunda é que a área do subsolo – onde ficariam salas de lavanderia e armazenamento de alimentos – não poderá mais ser ocupada.

De acordo com a arquiteta Lisandra Cervi, que participou da reunião, um engenheiro da prefeitura foi até o local e avaliou a situação do espaço. “O laudo indicou problemas de algumas áreas de lavanderia e sanitários, que teriam também vestiários”, diz. Segundo ela, o problema é excesso de umidade e por isso não seria saudável que os funcionários ficassem trabalhando ali por muitas horas.

A medida a ser tomada pelo setor de projetos da Prefeitura de Brusque será a de readequar a utilização dos espaços. Isso significa que a lavanderia e estes outros locais serão colocados na parte de cima, onde não é tão úmido. O diretor do DGI, Aurélio Tormena, garante que isso não influenciará no número de salas de aula ou vagas ofertadas no CEI Hilda Anna Eccel.

Ele afirma que reformas, de modo geral, são mais caras do que construções novas, por isso ele não se surpreende com esta descoberta da umidade na parte de baixo do prédio. Tormena também afirma que não considera haver culpados por não terem previsto a umidade e insalubridade do prédio no projeto.
Reforço depende de orçamento

Já com relação ao reforço estrutural, a situação burocrática é mais complicada. Lisandra afirma que todo o levantamento da infraestrutura foi enviado à contabilidade para que sejam feitas supressões e aditivos para então saber quanto, de fato, custou. Por exemplo, a área considerada insalubre iria receber instalações, o que não vai mais acontecer. Com isso, o valor do material de construção – tijolos, etc – que seria empregado ali, deve ser retirado do contrato.

Além disso, no transcorrer da obra também foram feitos outros aditivos. Segundo Lisandra, a tinta do lado externo foi trocada por uma outra com textura. Estas variações de valores serão agora contabilizadas. “Vai ser feito o reequilíbrio da planilha para saber se o recurso pode ser em aditivo”, diz a arquiteta. O recálculo é necessário porque a lei determina que o aditivo total de uma obra de reforma só pode atingir 50% do valor total. O que a prefeitura quer saber é se será possível fazer o reforço com aditivo ou não.

Segundo Aurélio Tormena, se não for possível, a melhor alternativa será estudada. Não é descartada a possibilidade de uma nova licitação, para contratar a empresa que fará o reforço estrutural.

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