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Obra do Fort Atacadista em Brusque é autorizada

Empresa aceitou reduzir a altura do aterro no terreno, fato que motivava impasse com a prefeitura

Uma tarde de negociações entre a Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema), o Instituto Brusquense de Planejamento (Ibplan) e representantes da rede Fort Atacadista resultou em acordo para concessão da licença para execução da obra de uma nova unidade da rede de supermercados atacadistas em Brusque. A empresa e os órgãos públicos mantinham um impasse quanto à altura do aterro para implantação da obra, que foi dissolvido em acordo para redução desta altura em cerca de um metro.

Semanas atrás, a Fundema emitiu licença para que o Fort aterrasse o terreno, que fica na margem esquerda da rodovia Antônio Heil, em frente ao viaduto que dá acesso ao parque das Esculturas. O aterro avançou em ritmo acelerado, pois a empresa tem a intenção de inaugurar a nova unidade ainda neste ano, e isso preocupou os vizinhos do terreno, que chamaram a Fundema.

A preocupação da comunidade é que, com o aterro, o terreno que servia como zona de alagamento e contenção das águas, quando da ocorrência de cheias, poderá perder essa função e, por consequência, causar risco de alagamentos nas residências vizinhas. O procurador da Fundema, Paulo Mayer, explica que o Fort já venceu outras etapas do licenciamento, como a autorização para construir próximo à Área de Preservação Permanente.

Na tarde de segunda-feira, 8, representantes da empresa, do Ibplan e da Fundema fizeram uma reunião a portas fechadas para discutir o tema, mas o encontro terminou em uma avaliação in loco no terreno. O diretor-presidente do Ibplan, Juliano Montibeller, manifestou preocupação quanto ao risco de alagamentos, por causa da altura do aterro, e pediu à empresa a redução, o que foi acatado, depois de horas de medições, discussões e análises. Hoje, a Fundema irá emitir uma nova licença.
Aterro só na área edificada

O objetivo do Ibplan era verificar se havia a necessidade da realização de um estudo de impacto de vizinhança, ou seja, uma avaliação para determinar se os vizinhos serão afetados negativamente pela obra. Contudo, com a redução da altura do aterro, os órgãos de fiscalização concluíram que isso não será mais necessário.

A Fundema havia autorizado o aterro na mesma altura já autorizada anteriormente para outros empreendimentos vizinhos. Contudo, Montibeller afirma que a análise do aterro no local da obra, depois das ligações dos moradores vizinhos, constatou que elas estavam um pouco elevadas, o que colocaria em risco a vizinhança, no caso de enchentes.

Ele também afirma que o aterro será feito somente no local onde houver área construída; pátios e estacionamentos deverão ficar em nível mais baixo. O engenheiro Manoel Santos, representante do Fort Atacadista junto a este empreendimento, garantiu que a comunidade não será afetada. Ele disse que o aterro terá muro de contenção e que será executada drenagem no local.