Obra do parque Zoobotânico de Brusque atrasa por falha em licitação
Complexo de convivência dos funcionários custará R$ 700 mil
A Prefeitura de Brusque irá refazer a licitação para contratar a empresa que fará as obras de melhorias no parque Zoobotânico. O motivo é que o valor da primeira concorrência, de R$ 600 mil, é abaixo do ideal. Com isso, o edital deverá ser corrigido e relançado, provavelmente, só em maio, informa o superintendente do Zoo, Marciano Giraldi.
Ele diz que para que não haja nenhum problema após a assinatura do contrato a prefeitura decidiu revisar o edital do projeto. Segundo ele, o custo real deve ficar em torno de R$ 700 mil, ou seja, R$ 100 mil a mais. “Decidimos suspender e atualizar o edital, para provavelmente lançar no mês cinco”, afirma.
“Estamos trabalhando nisto desde o ano passado, pena que deu problema com os valores, porque senão os envelopes seriam abertos já nesta semana. Aí, mais uns 15 ou 30 dias, começariam as obras”, diz.
Como existem vários prazos legais, a obra em si só deve ter início no segundo semestre. Porque após a publicação do edital ainda existe um prazo até a abertura das propostas, outro período para contestação e só então a assinatura. E ainda tem mais tempo para que a empresa vencedora traga as máquinas para o canteiro de obras.
Exigência legal
A obra prevê a construção de um complexo de convivência para os servidores. Este espaço é preparado especialmente para que eles se alimentem e também tomem banho no fim do dia. O parque tem, naturalmente, muitas bactérias e a desinfecção é obrigatória. Não é permitido, por exemplo, vestir a mesma roupa lá e fora do estabelecimento.
Esta foi uma exigência do Ministério Público de Santa Catarina (MP-SC), que obrigou o parque a tomar estas providências. A cozinha onde os funcionários almoçam não está condizente com as normas da Vigilância Sanitária. Além disso, há mudanças de rampas e acessos.
De acordo com o biólogo e responsável técnico do Zoo, Rodrigo de Souza, a instituição fez opção por construir um complexo para os funcionários. Com isso, os custos ficaram mais baixos do que se o refeitório e o espaço nutricional fossem separados. Este complexo ficará onde hoje fica o parquinho e uma lanchonete. O projeto arquitetônico foi elaborado pelo Departamento Geral de Infraestrutura (DGI) e já está pronto.
Souza diz que o Ministério Público atua até mesmo como um parceiro do Zoobotânico nesta situação, apontando melhorias que precisavam ser feitas. A situação da cozinha, por exemplo, vem desde 1992, quando a instituição foi fundada, mas só agora deve ser resolvida.
A reforma é uma exigência legal que também está atrelada a outras exigências feitas pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama) para que o parque receba a licença permanente para o manejo de animais.