Obras do Centro de Inovação de Brusque estão quase 50% concluídas
Edificação deve ser finalizada em novembro, após pedido de prorrogação de prazo pela construtora
As obras do Centro de Inovação de Brusque, iniciadas em 2015, seguem em andamento e já estão quase 50% concluídas. O local é uma iniciativa para posicionar Santa Catarina como uma referência em inovação e tecnologia. Este deverá ser o terceiro centro inaugurado no estado, após os de Lages e Jaraguá do Sul.
De acordo com Paulo Roberto Melão, o Nino, membro do comitê gestor, a obra está 45,87% concluída. Essa exatidão é necessária para que os pagamentos sejam efetuados de acordo com o andamento da construção, que tem valor licitado em R$ 5.893.692,11, dos quais, até o dia 24 de maio deste ano, foram pagos R$ 2.703.667,19. Os recursos são provenientes da Secretaria de Desenvolvimento Econômico Sustentável do governo do estado e também do governo federal.
“Estamos numa fase muito rápida”, afirma o professor da Unifebe George Aiub, um dos membros do comitê gestor. A previsão de entrega do centro é para novembro deste ano, e as atividades poderão ser iniciadas assim que o local for inaugurado, a exemplo do Centro de Inovação de Jaraguá do Sul, inaugurado na última sexta-feira, 15.
O projeto do centro de Brusque é o mesmo dos já inaugurados centros de Jaraguá do Sul e Lages, porém, como afirma Aiub, alguns problemas encontrados nas obras anteriores foram corrigidos na edificação brusquense. “Tivemos um detalhe de um telhado vazado, com entrada de luz natural, que acabou consumindo muito espaço. Então, foi mudado o projeto de Brusque, para que não se perdesse o espaço físico.”
Totalizando 3.140 metros quadrados, a obra terá três pavimentos e dois estacionamentos, com capacidade para cerca de 40 carros. “Será um espaço com potencial para as áreas de pesquisa, desenvolvimento e inovação”, afirma Aiub, que espera que o Centro de Inovação ofereça o espaço físico e estrutura tecnológica para estudantes, empresas e empreendedores.
Ele espera que, com a obra finalizada, as pessoas façam uso do espaço, que será viabilizado através de recursos públicos e privados. O centro, segundo o professor, deverá ser um local autossustentável, capaz de manter-se com o uso do espaço, equipamentos e serviços.
Andamento da construção
Até o momento, a obra tem dois pavimentos erguidos, e aguarda a cobertura do terceiro e último, que foi concretado na última semana. A empresa responsável pela construção solicitou recentemente uma prorrogação do prazo, que foi aprovada pela equipe técnica e deverá ser também deferida pelo governo federal, estendendo o prazo de entrega até o mês de novembro deste ano.
O primeiro piso, com pé direito duplo, segundo Melão, poderá ser destinado a eventos, exposições e também para o coworking, um dos objetivos do Centro de Inovação. O hall é integrado com um auditório que tem capacidade para cerca de 100 a 120 pessoas sentadas. “As entidades e também o serviço público poderão usar esse espaço, que será um local muito nobre”, afirma Aiub.
Subindo as escadas, chega-se ao mezanino, onde será instalado o departamento administrativo do centro e também “cabines de trabalho”, que poderão ser utilizadas pelas pessoas. Essas cabines estarão presentes também em outras áreas do prédio.
O segundo e terceiro pavimentos são, no momento, espaços abertos, sem divisórias ou salas, afinal, são destinados a empresas e entidades que manifestem interesse em ocupar o Centro de Inovação. Cada uma poderá solicitar uma metragem diferente, e as divisórias podem ser montadas após a finalização da obra. “As empresas e quem vier a se instalar no centro poderão escolher o tamanho de seus espaços, e arcar com a montagem de suas salas”, explica o professor.
O mobiliário básico e dos espaços comuns já foi licitado e a obra tem dinheiro em caixa para a aquisição dos itens, que deverão ser comprados quando o prédio estiver mais próximo da finalização.
Cidade inteligente
A instalação do Centro de Inovação em Brusque faz parte de uma série de medidas para posicionar Santa Catarina como referência em pesquisa, inovação, desenvolvimento e tecnologia. Para isso, estão sendo construídos pólos descentralizados, em diversas cidades do estado, em busca de fomentar a inovação.
Aiub reforça que essa é uma realidade já vigente em municípios como Florianópolis e Joinville, que possuem empresas voltadas à tecnologia da informação que trabalham e exportam produtos e conhecimento para o mundo todo.
“A ideia é que todos esses centros trabalhem de forma articulada, complementando-se”, afirma. Equipes de trabalho baseadas em Brusque podem, por exemplo, trocar informações e solicitar o uso de equipamentos de outros municípios, incentivando o apoio entre os centros.
Em Brusque, embora ainda não haja parcerias firmadas para a ocupação do centro, parceiros potenciais são as empresas da região, o Sebrae e o Senai, além de instituições educacionais como a Unifebe, Faculdade São Luiz, Instituto Federal Catarinense e o Colégio Cônsul Carlos Renaux, entidades que já fazem parte do comitê de gestão do Centro de Inovação.
Ao todo, são 12 instituições participantes do comitê, que é formado pelos eixos governamental, educacional e empresarial. São quatro entidades de cada eixo, que devem ser ativas na utilização e manutenção do espaço, após a sua finalização, através da disponibilização de recursos.