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Obras da escola João Boos, de Guabiruba, são iniciadas; saiba como estão os trabalhos

Reformas começaram após mais de uma década de expectativa

Após mais de uma década de espera, as reformas na Escola de Ensino Médio João Boos, em Guabiruba, iniciaram na última semana. O valor da obra está previsto em quase R$ 4,4 milhões, financiados pelo governo do estado.

Nesses primeiros dias, os trabalhos estão sendo realizados em duas frentes, com a construção da nova ala e reforma da parte interditada. Por enquanto, a empesa está realizando a limpeza da área onde fica o campo de areia. O prazo para a finalização da obra, de acordo com o edital, é de oito meses.

O que será mudado

O projeto prevê a demolição da escadaria de acesso ao segundo piso do bloco 2 e depósito nos fundos do terreno. Além disso, será construída uma área de 2,18 mil m², com um novo bloco 3, com oito novas salas, um auditório, acesso coberto às áreas esportivas e campo de futebol. Os blocos 1 e 2, o refeitório e o ginásio de esportes vão ser reformados, totalizando área de 2,9 mil m². Serão construídos ainda dois bolsões para os ônibus pararem em frente à escola.

CGE aguarda autorização da prefeitura para derrubada de árvore | Foto: Bruno da Silva/O Município

Por conta da interdição de um dos blocos da escola, algumas turmas, desde o ano passado, foram realocadas para salas montadas dentro do ginásio. “Com o prédio novo, vamos agregar qualidade de ensino”, destaca o coordenador regional de Educação, Odair Bozio.

Com as novas salas, serão criadas mais 240 vagas nas turmas de ensino médio. Além disso, Odair vai sugerir que o auditório, que terá capacidade para 180 pessoas, seja nomeado em homenagem a Dalvan Wilian Cavichioli, adolescente que morreu em 2016 após cair de uma altura de sete metros durante trabalho voluntário de poda de árvores no pátio da escola.

Bloco interditado será reformado | Foto: Bruno da Silva/O Município

Promessa começa a sair do papel

A expectativa da população sobre a reforma da escola João Boos vêm de mais de uma década, e a população e o poder público da cidade batalharam desde então para que ela fosse efetuada. Em 2013, estava encaminhada uma reforma na instituição, mas as coisas se complicaram durante visita do governador Raimundo Colombo, que sugeriu que o projeto de reforma fosse substituído pela construção de uma estrutura nova.

Além da situação precária de um bloco, que foi interditado no ano passado, a escola já vinha sofrendo com problemas de estrutura há muito tempo. Aparelhos de ar-condicionado comprados através de emenda parlamentar e instalados nas salas, por exemplo, nunca foram utilizados por problemas na rede elétrica.

“Estive com o seu Francisco, que trabalha lá há 38 anos e era diretor em 2000, quando teve a última reforma do colégio. Não tem como mensurar a satisfação. Se espera essa ampliação e essa reforma há muito tempo”.

Algumas turmas estão tendo aulas em salas improvisadas no ginásio | Foto: Bruno da Silva/O Município

Depois de muitos problemas burocráticos, em 2019, o governo do estado informou que o termo de referência para obra estava em elaboração, procedimento que é feito antes do lançamento do edital da licitação para a execução dos trabalhos. Em outubro daquele ano, relatório apontou que a estrutura não tinha “condições seguras e saudáveis”.

Problemas de rachadura na estrutura do prédio da escola, porém, interditaram o local no começo do ano letivo do ano passado. A situação ocorreu na ala que contempla a cozinha e o refeitório, conforme a Defesa Civil de Guabiruba. Com isso, as aulas presenciais foram substituídas pelo modo on-line.

Rachaduras se espalham por prédio interditado | Foto: Bruno da Silva/O Município

Em julho de 2021, em visita ao jornal O Município, o secretário Estadual de Educação, Luiz Fernando Vampiro, falou que já existia verba destinada para a escola. Ele afirmou que, além de recuperar as partes danificadas, o projeto teria uma ampliação para a escola.

“O secretário Vampiro veio aqui duas vezes, não quis que a imprensa soubesse, porque não queria usar a escola como palanque político, mas deixa a obra encaminhada para a comunidade”.

Em agosto, a licitação foi lançada, mas suspensa em setembro para readequação de valores. Em novembro, o edital foi relançado e, em janeiro, a empresa vencedora do certame foi anunciada: a ESE Construções, de Palhoça. “O que dependia do estado foi feito. Esperamos que a empresa seja idônea, que cumpra com sua responsabilidade”.


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