Obras e desafios: prefeito de Botuverá faz balanço da gestão em 2022 e aponta ações para 2023
Alcir Merizio destaca melhorias em vias públicas e movimentos para obras futuras
O ano de 2022 começou mais otimista para Botuverá, após os desafios da pandemia da Covid-19. Ao longo dos meses, o município viu avançar grandes projetos: a barragem no município e a nova subestação da Celesc.
De acordo com o prefeito, Alcir Merizio, a gestão também realizou obras na comunidade. Dentre os destaques, está a segunda etapa das obras na rua João Assini. A primeira etapa foi realizada em 2021, com abertura de 2 quilômetros e pavimentação.
“Neste ano, fizemos a abertura de aproximadamente 2 quilômetros, pegamos um trecho com rocha, bem difícil, e pavimentamos. No total são 6 quilômetros de rua, então já foram 4. No próximo ano vamos concluir a terceira e última etapa”, adianta.
O prefeito também comenta sobre melhorias no calçamento da rua Padre Carlos Enderlin, com novas lajotas da pavimentação; a finalização do ginásio do Imigrante; a construção do ginásio na Escola Municipal de Pedras Grandes; melhorias de vias; e construção de diversas galerias.
Além disso, conforme Alcir, neste ano foi feita a licitação para o recapeamento da rua Humberto Mazzolli e a ponte da rua Henrique Vanelli, que liga à margem direita de Botuverá. O recurso para essas obras vêm do governo estadual e a licitação foi feita antes do período eleitoral.
Contudo, nenhuma empresa participou. O processo foi refeito, teve vencedores e a prefeitura aguarda os recursos do governo do estado. “Foi prometido, o deputado Jerry [Comper] nos garantiu que esse recurso sai neste ano ainda. Saindo, vamos iniciar as obras”, diz. “Inclusive, na SC-486, o recapeamento é uma obra do estado. A gente fez o projeto para agilizar e angariar esse recurso”, continua.
Alcir também ressalta a ampliação da unidade de saúde do bairro Ribeirão do Ouro, que conta com mais três salas. Por lá, será implantado o serviço de odontologia. “Agora aguardamos somente os equipamentos, como a cadeira odontológica, para disponibilizar o serviço para a população”, diz.
Em relação às obras, a prefeitura trabalhou no enrocamento entre o Águas Negras e Sessenta de 300 metros, para fazer o alargamento da via. No próximo ano, segundo Alcir, o município trabalhará para fazer a pavimentação da rua AN 20.
“Foi um ano bem produtivo, de muito trabalho, obras e melhorias. Foram colocados mais de 3 mil tubos neste ano, para as tubulações. A população não vê, pois está debaixo da terra, mas é importante também quando acontece essas enxurradas, para diminuir os estragos. Ficamos contente com o ano e temos muitas obras para o ano que vem”, completa.
Desafios
Fortes enxurradas atingiram a região nos últimos dois anos. Em Botuverá, a prefeitura sofreu com problemas com quedas de barreiras, queda de postes, interdições de ruas e comunidades ilhadas. Nas chuvas no início de dezembro, foram dois dias de trabalho para liberação de acessos.
“Mas isso tudo foi sanado rapidamente, na última, no fim do ano, quatro bairros foram atingidos, Ribeirão Porto Franco, Bracinho, Águas Negras e Sessenta. A cabeceira de uma ponte entre o Águas Negras e Bracinho foi quase totalmente destruída. Fizemos a manutenção rápida, mas essa ponte está condenada e precisamos construir uma nova. Entramos em contato com a Defesa civil para a disponibilização de um kit de ponte para que ela seja substituída”, relata.
2023
O prefeito ressalta que uma obra licitada é a da quadra esportiva da escola Maria Luiza da Silva Dias, no Ribeirão do Ouro. Segundo ele, nos primeiros dias de janeiro a obra deve começar. A estrutura será destinada para o colégio, pois a comunidade geral já conta com uma quadra para a população. A construção nova ficará ao lado da escola, para ser mais próximo e prático.
Além disso, deve ocorrer a terceira e última etapa da abertura e pavimentação da rua João Assini e outras ruas devem receber pavimentação. “Nesses dois anos de governo fizemos a pavimentação de mais de 6 quilômetros, parece pouco, mas para Botuverá é muito. Tudo com recursos públicos e devemos ampliar em 2023”, conta.
Subestação da Celesc
Ao falar da futura subestação da Celesc, Alcir reforça que o município tem problema recorrente de falta de energia. “Fomos várias vezes a Florianópolis, preciso agradecer ao deputado Jerry Comper, além de agradecer o presidente da Celesc, e o secretário da Casa Civil e Infraestrutura. Conseguimos o aval para a construção da subestação. Sem ela, a nossa indústria não pode crescer mais”, diz.
Para viabilizá-la, a prefeitura está no processo de compra de um terreno para construção. No local, será feita a terraplanagem até final de janeiro, antes de ficar à disposição da Celesc.
O local fica nas margens da rodovia SC-486, na entrada do bairro Águas Negras. Segundo o prefeito, o terreno é estratégico, pois uma linha passa pelo bairro e outra linha passa pela rodovia.
Conforme ele, mesmo com o novo governo no estado, o planejamento deve seguir. O prazo imposto pela Celesc é de 24 meses para a construção. “O prazo é de 12 meses para fazer o licenciamento ambiental, mas eles já estão correndo atrás. Quanto mais adiantarmos a questão do terreno, mais rápido teremos a subestação”, diz.
Barragem de Botuverá
Por fim, Alcir reforça a vontade de fazer com que a barragem saia do papel. Ela terá três funções: contenção de cheias, captação de água e geração de energia.
“Estamos muito preocupados, mas agora com um novo governo teremos que começar tudo de novo [em cobrar]. Vamos lá com a Acibr, que é nossa parceira, junto do Núcleo de Empresários, para ver em que pé está, se dão ou não prosseguimento. O próximo governo precisa ver a necessidade, não vamos desistir”, conta.
O prefeito destaca que as liberações ambientais e as desapropriações estão resolvidas, apenas no aguardo da aprovação para o início das obras.