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Obras na Beira Rio são retomadas, mas continuidade depende de empréstimo do Badesc

Prefeitura reinicia serviços primários para a continuação da avenida até a divisa com Itajaí; Badesc afirma que município entregou projeto fora do prazo

A prefeitura de Brusque retomou nesta semana a execução das obras de prolongamento da avenida Beira Rio, no bairro Santa Terezinha. As obras no local iniciaram ainda em 2012, mas ficaram paradas por falta de recursos. “Iniciamos a obra com serviços de terraplanagem e abertura da Beira Rio na nova geometria. Durante todo o ano de 2014 houve essa interrupção porque aguardávamos a liberação dos recursos do Badesc”, explica o secretário de Obras, Gilmar Vilamoski.

Como a prefeitura ainda não recebeu resposta sobre o empréstimo de R$ 5 milhões do Programa Juro Zero solicitado à Agência de Fomento do Estado de Santa Catarina (Badesc), decidiu dar início ao trabalho provisório no local. “Como não houve resposta até o momento, o pedido do governo foi que continuássemos com essa limpeza e preparação da base provisória para que tenha condições de ter uma movimentação no local. Essa ação faz parte do nosso planejamento. Esses são serviços primários para a abertura da Beira Rio Santa Terezinha”, diz.

Vilamoski destaca que assim que os recursos forem liberados pelo governo do Estado, a licitação será realizada para a execução completa dos trabalhos, no entanto, o trabalho no local será antecipado. “De qualquer maneira, vamos continuar com os serviços, porque caso haja algum imprevisto para a liberação dos recursos, mesmo que de forma provisória esse acesso poderá ser usado”.

Segundo ele, quase um quilômetro da avenida Bepe Roza, nos fundos do Centro Universitário de Brusque (Unifebe) já está aberto. “Agora será feita a colocação da base. Vamos deixar em condições mínimas de trafegabilidade, para que a medida que o trajeto estiver aberto, a população possa utilizar o local”.

Vilamoski destaca que o prolongamento da Beira Rio no bairro Santa Terezinha é uma das alternativas para o trânsito intenso do local. “Com o início das aulas na Unifebe na próxima semana, o trânsito naquela região acaba sendo bastante intenso. Enquanto não houver a virada do trânsito no Santa Terezinha, essa será uma das alternativas para minimizar os problemas do trânsito enquanto não temos uma solução definitiva da Beira Rio naquele ponto”.

No momento, o trabalho no local seguirá até a rua Catarina Staack. No entanto, no projeto original está prevista a abertura da Beira Rio até a divisa com Itajaí. Vilamoski lembra que os recursos liberados pelo Badesc podem não ser suficientes para fazer toda a obra. “A ideia é chegar, no mínimo até a rua Libério Benvenutti, assim quem chega na cidade por Itajaí já poderá entrar na rua Libério Benvenutti, atravessa a rua Itajaí e já cai na Beira Rio em direção ao Centro. Será um desvio interessante do trânsito naquela região, mas tudo dependerá dos recursos disponíveis. Está no nosso planejamento até 2016 a continuidade das obras nesse ponto”.

O novo trajeto da Beira Rio até a rua Catarina Staack está sendo construído a partir de 15 metros da margem do rio para que posteriormente possam ser plantadas árvores e instalados equipamentos urbanos.

A obra está orçada em R$ 6,1 milhões, serão quatro pistas de rolamento (duas em cada sentido) separadas por um canteiro central. Além disso, será construído calçadas nos dois lados da via, sendo que a calçada do lado do rio será de uso compartilhado entre pedestres e ciclistas. O projeto prevê ainda sinalização horizontal e vertical ao longo de todo o trecho.

A assessoria de comunicação do Badesc, por sua vez, informa que, no ano passado, não houve como atender a prefeitura de Brusque, em relação a este projeto. Dois motivos são listados para essa falta de atendimento. O primeiro é que a documentação não chegou em tempo hábil para encaminhamento antes do período eleitoral.

Segundo o Badesc, depois desse prazo, a dotação orçamentária para o Programa Juro Zero já estava esgotada.
Com isso, a informação repassada ao Município Dia a Dia é de que a prefeitura terá que reencaminhar a documentação, em 2015, tudo de novo.