Obrigada a abrir mão da Taça Paraná, Abel foca nos Jogos Abertos em busca de troféu
Conflito de calendário e orçamento curto foram determinantes para a decisão da equipe
A Abel disputa os Jogos Abertos de Santa Catarina (Jasc), nos quais possui equipes nos naipes feminino e masculino, mas o segundo semestre da associação será prejudicado pela ausência na Taça Paraná, a maior competição de categorias de base do vôlei brasileiro. A proximidade dos calendários e o orçamento reduzido impediram que o time feminino defendesse o bicampeonato.
Para a Taça Paraná, que terminou em 1º de novembro, a equipe feminina da Abel chegou a emprestar três atletas que não devem disputam os Jasc por questão de idade.
“Em termos de atletas, é muito ruim a ausência, porque é a maior competição de base, o vôlei de todo o Brasil e de muitos locais do exterior olham para a Taça Paraná. Mas neste ano ficou muito caro, e o orçamento é reduzido. Não somos apenas nós, há outras em situações parecidas”, explica o técnico da equipe feminina, Everton Nascimento, que deve atuar em partidas pelo time masculino.
Nascimento reforça que a prioridade sempre esteve nos Jogos Abertos. Antes dos Jasc iniciarem, tinha prognpóstico de que era possível lutar pelo bronze. No caso da equipe masculina, a previsão não se confirmou: com duas derrotas em três jogos, o time não avançou à próxima fase.
“Estamos treinando direto, às vezes com alguma dificuldade para encontrar quadras. Os treinamentos são muito importantes, é neles que se começa a vencer. Comparado a anos anteriores, o elenco está um pouco enfraquecido, mas não podemos lamentar as perdas, que são para o melhor das vidas das atletas.”
“Nosso time masculino é um time de garotos que fez o município voltar a participar no vôlei masculino dos Jasc depois de 10 anos. Blumenau, por exemplo, tem time na Superliga Masculina”, comenta o coordenador-geral da Abel, Luiz Antonio Moretto.
O dirigente também critica o calendário, que bate uma data com o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que diversos atletas realizam, e na regra que permite que jogadores com dois anos ou mais residindo em Santa Catarina possam jogar.
“A intenção é beneficiar Santa Catarina e os catarinenses, mas os atletas de ponta logo deixam o estado, e o nível técnico acaba caindo bastante. Sem nível técnico, não tem público, assim não tem imprensa, e assim não tem patrocinadores”, opina.
No caso da equipe feminina, a disputa começa nesta terça-feira, contra Balneário Camboriu. A equipe ainda jogará contra Xanxerê e Concórdia.