Ocorrências de incêndios aumentaram 49% na região em 2016
Corpo de Bombeiros atendeu no ano passado 255 casos de incêndios nos municípios de Brusque, Guabiruba e Botuverá
Corpo de Bombeiros atendeu no ano passado 255 casos de incêndios nos municípios de Brusque, Guabiruba e Botuverá
Um levantamento da 3ª Companhia do Corpo de Bombeiros de Brusque mostrou que as ocorrências de incêndio aumentaram 49% em 2016, quando foram registrados 255 casos, comparado com o ano anterior, que teve 171. Os números apresentados correspondem aos três municípios atendidos pela corporação: Brusque, Guabiruba e Botuverá.
Dentre os casos de incêndios, os de maiores incidências foram os florestais, com 113 ocorrências atendidas. Segundo o comandante, tenente Hugo Manfrin Dalossi, isso ocorre, basicamente, pela falta de cuidado dos moradores.
“Muitos querem limpar o terreno e ateam fogo ou após a limpeza da vegetação de maneira mecânica, realizam a queima para eliminar os resíduos”, comenta. Com isso, muitas vezes o fogo foge do controle e atinge terrenos vizinhos, sendo então necessário o acionamento do Corpo de Bombeiros.
Por isso, o alerta é para que não seja feita limpeza com a utilização do fogo. Porém, em casos de extrema necessidade, deve ser feito por alguém que tenha conhecimento. Além disso, a orientação dos bombeiros é de que jamais se deve colocar fogo depois das 9h, pois já tem vento que pode levar as chamas para outro local.
O verão é a época do ano mais comum de ocorrer incêndios em vegetação, devido ao forte calor e o mato seco.
Conforme os dados, a segunda maior incidência são os incêndios em residências unifamiliares, com 59 casos ocorridos em 2016. O tenente Manfrin explica que, por força de legislação, esses tipos de imóveis não passam por vistoria do Corpo de Bombeiros. E, as principais causas dos incidentes são elétricas, como instalações elétricas problemáticas ou mal dimensionadas, equipamentos elétricos que sofrem efeito termoelétrico ou curto circuito.
“Também ocorrem muitos casos de esquecimento de panela no fogão ligado, e o próprio fato de muitas dessas residências serem de madeira, o que facilita a rápida propagação do fogo”, ressalta.
As ocorrências de incêndio veicular também tiveram destaque, com 38 casos. Geralmente, os veículos mais velhos e com falta de manutenção é que são os mais vulneráveis. Os demais incêndios estruturais, tanto em residências multifamiliares, edificações comerciais e industriais, a incidência é baixa, até mesmo pelo porte dos três municípios atendidos pela corporação.
“Vale ressaltar que essa baixa incidência se deve bastante ao trabalho do nosso Setor de Atividades Técnicas, que analisa os Projetos Preventivos Contra Incêndio (PPCI), e realiza as vistorias para Habite-se e anualmente realiza as vistorias de funcionamento nessas edificações”, frisa o comandante. Inclusive, no ano passado, foram realizadas pelos bombeiros 6041 vistorias para funcionamento, 1308 análises de PPCI e 574 vistorias para Habite-se.