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Ofertas de notas falsas na internet chamam a atenção na região

Polícia Civil de Brusque já recebeu denúncia de um caso e investiga veracidade dos fatos

Divulgações de venda de notas falsas em grupos de negociações do Facebook têm chamado a atenção nos últimos meses. Geralmente publicadas por perfis falsos, a oferta oferece até em torno de 5 mil em notas falsas de R$ 100, R$ 50 e R$ 20. Muitos casos foram publicados por pessoas de Brusque em grupos de toda a região, o que deixou a Polícia Civil também em alerta.

Na última semana, por exemplo, um perfil em nome de Valeria Gois, com localização de Brusque, publicou em um grupo de classificados do litoral a venda de notas falsas. A oferta feita pelo perfil era de negociar R$ 3 mil em cédulas falsas por R$ 300 verdadeiros.

Junto do anúncio ainda a informação de que as cédulas passam no teste da caneta marca texto e no lazer, além de possuírem marca d’água. Os interessados ainda podiam entrar em contato pelo um número de um telefone.

A delegada titular da Delegacia de Polícia Civil de Brusque, Andreia dos Santos Dornelles, revela que já chegou um caso semelhante a este para ela e que já está em investigação. “Não sabemos até que ponto é verídico, até porque o número informado não atende quando liga”, comenta.

Ela ressalta que anunciar esse tipo de negociação no Facebook é muito público e pode servir também como armadilha para chamar a atenção de pessoas que tenham interesse para outros tipos de crimes. “Não sabemos de onde vem essas postagens, por isso estamos tentando descobrir se o caso é de Brusque mesmo ou pode ser de outro local”, diz.

Segundo a delegada, como o caso chegou para a Polícia Civil, é iniciada uma investigação para ver o que há de indícios. Se comprovado o delito, o caso é encaminhado para a Polícia Federal, por se tratar de um crime contra a União e contra a fé pública.

Andreia alerta as pessoas que manifestar interesse em anúncios como estes também podem caracterizar crime. “No artigo do Código Penal diz que é crime colocar em circulação, produzir ou ter em posse cédulas falsas”.

O delegado da Polícia Federal de Itajaí, Alexandre Braga, afirma que a PF também tem conhecimento da venda de notas falsas pela internet e pelas redes sociais. Inclusive, já investiga esses casos. De acordo com o delegado, nenhuma linha investigativa é descartada.

O crime de vender moeda falsa é considerado grave, com pena de 3 a 12 anos, por isso, é tido como prioridade pela Polícia Federal. “São casos que chamam nossa atenção, e temos uma equipe destinada para essa investigação na região”, garante Braga.