Olaria derrota Lageadense em casa e comemora o hexa do Campeonato Amador de Guabiruba
Equipe venceu por 2 a 1, no sábado
Equipe venceu por 2 a 1, no sábado
Ao som de “o campeão voltou”, o Olaria comemorou o título do Campeonato Municipal de Futebol Amador de Guabiruba – Troféu Jornal Município Dia a Dia. O Tricolor da Guabiruba Sul derrotou o Lageadense no segundo jogo da final da competição no sábado, 10, por 2 a 1 e assegurou, com isso, o hexa do Amador de Guabiruba.
Além de ser campeão pela sexta vez na história, o clube também pôde comemorar o fato de que Harri Westarb, o Godo, terminou como artilheiro da competição. Já tinha 16 antes da partida, fez mais um, e selou 17 gols em nove jogos.
O título fez jus à equipe que teve a melhor campanha e, dentro de campo, mostrou-se ser a mais qualificada entre as dez que começaram o Campeonato Municipal. O técnico Osnildo Westarb, o Nilo, considera que o segredo do sucesso do Olaria é a continuidade. “São os mesmos jogadores há dez anos. Sai um, entra outro, mas a maioria continua”, disse eufórico logo depois do apito final.
Ao manter a base, o Olaria garante um estilo de jogo bastante característico de toque de bola e envolvimento. Isso ficou evidente na final, quando, mesmo não jogando tão bem, a equipe soube se comportar em campo para sair vitoriosa.
Nilo viu o Olaria ressurgir para o futebol guabirubense, fundado há décadas, o clube só conseguiu despontar para o cenário municipal a partir de 2004. De lá para cá, foram seis canecos levantados. O time só não esteve em duas finais.
Em 2015, o Olaria foi à final e acabou derrotado, por isso, quando o juiz apitou o fim da partida, os jogadores soltaram o conhecido grito “o campeão voltou”. A torcida compareceu em peso, cerca de 300 pessoas, e apoiou o time.
Aqueles que não estiveram no estádio Orlando Westarb para testemunhar o hexacampeonato do Tricolor ficaram sabendo do triunfo com o foguetório logo que o título foi confirmado. Para Nilo, o Olaria trabalha como uma família, focado na união dos atletas, por isso consegue chegar tão longe.
“Ganhamos o campeonato invicto, assim como em 2013, isso é muito bom”, afirmou o treinador. E completou dizendo que o “título é importante para a galera do Olaria, temos uma turma muito para jogar”.
Godo sobrou em campo. Ele foi decisivo em quase todas as partidas do campeonato. Na final, não foi tão bem e, ainda assim, marcou um gol. No fim, o artilheiro destacou o espírito de equipe. “O diferencial é a união. É o grupo tudo. Eu acredito que não tem nenhum jogador que seja pior ou melhor, é o grupo todo que joga”, afirmou o atleta, que foi ovacionado pelos companheiros.
Após o jogo, o Olaria comemorou muito. Nilo foi parar nas alturas, literalmente, pois os atletas o jogaram para o alto. Godo foi bastante comemorado, assim como o restante do elenco.
O secretário de Esportes, Lazer e Assuntos para a Juventude, Luiz Schlindwein Filho, o Kareka, disse, após o jogo, que o campeonato foi marcado pela disciplina e que foi um sucesso. A competição contou com o apoio do Município Dia a Dia, que dá nome ao troféu.
Campanha magistral
Tijolo a tijolo, o Olaria construiu a sua campanha vitoriosa. A cada vitória, ficou mais claro que o time estava num nível acima dos demais. Terminou a fase de grupos em primeiro, e, nas quartas de final, por exemplo, goleou o Vitória por 12 a 0.
A campanha invicta é motivo de orgulho para o técnico Nilo e para o elenco. O atacante Godo ressaltou, após o jogo, que o “time é nota dez” e que a campanha foi perfeita.
Jogo complicado
O Olaria chegou para a final com uma senhora vantagem: havia metido 4 a 0 no Lageadense no jogo de ida. Podia perder por 3 a 0 que ainda assim se sagraria campeão. Essa noção levou o time a jogar abaixo do seu padrão.
Nilo admitiu que o time não foi tão bem. Para o treinador tricolor, o Lageadense jogou melhor. Porém, não foi feliz em converter a superioridade em gols.
O primeiro tempo foi truncado e não teve gols. O Lageadense tentou partir para cima de alguma forma, contudo, o problema crônico de falta de organização no meio de campo permaneceu. A equipe foi modificada em relação ao time da primeira partida, com alguns atletas em outras posições.
Já na volta do intervalo, aos 45 segundos de bola rolando, Xande, camisa 11, movimentou o marcador de forma magistral. Da quina esquerda da grande área, ele acertou um chutaço que morreu lá “onde a coruja” dorme. A vantagem do Legeadense durou pouco.
Um minuto depois, o camisa 9, Paulo Cesar, aproveitou rebote dado pelo arqueiro Brian, do Lageadense, e mandou para as redes. O gol foi uma ducha d’água fria. Godo, aos 10 minutos, aproveitou a bola dentro da pequena área e fez o da virada, que selou o título. Os 35 minutos seguintes foram protocolares até o grito de campeão.