Olhai as ruas da Venezuela
A divulgação das delações do casal de marqueteiros de Lula e Dilma, João Santana e Mônica Moura, tem revelado a conexão do propinoduto Odebrecht/Petrobrás e associados nas campanhas de Hugo Chavez e Nicolás Maduro, na Venezuela. Aliás, o próprio Lula já se declarou amplamente favorável ao ditador venezuelano, que tem reprimido violentamente a oposição naquele país, enquanto tenta tomar o poder definitivamente. As novas operações da Política Federal, que investigam o BNDES, certamente trarão mais informações sobre a gestão criminosa do banco no financiamento das ditaduras da América Latina. Daí que é fundamental que olhemos atentamente para o que acontece no nosso país vizinho. O que se passa lá é o prenúncio do que seria o Brasil se o projeto de poder lulopetista tivesse sucesso, o que, aliás, é o destino de qualquer país que abrace o socialismo, seja sob que disfarce for.
Tudo começa com o discurso populista e um aparente benefício às classes mais pobres. Mas não se pode esquecer que, para um socialista, é preciso destruir os ricos e apossar-se do que é deles, para, teoricamente, beneficiar os pobres. Mas a história já mostrou, sobejamente, que quando isso dá certo, cria-se uma elite milionária, que controla o poder no país, e uma população miserável, já que sem livre iniciativa, lucro, concorrência, não há produção de riqueza. A promessa de igualdade socialista é simplesmente jogar todo mundo na miséria. Aqueles que nunca gostaram de trabalhar, ou não têm talento para se estabelecer costumam parasitar no meio dessas ideias, porque o socialismo seria realmente um paraíso para essas pessoas. Elas não precisariam mais aturar as pessoas de sucesso e, com um pouco de sorte, poderiam conseguir uma boquinha no meio da elite política milionária, que saqueou o país e mantém o povo na escravidão e na miséria. Assim foi na União Soviética, no leste europeu, assim é em Cuba e a Venezuela está caminhando a passos largos para esse inferno.
No aspecto político, uma vez no poder, desaparece completamente o discurso democrático deles, e qualquer vestígio de oposição passa a ser duramente reprimido. Na Venezuela, milícias armadas assassinam pessoas o tempo todo: políticos, empresários, líderes que ousam se levantar contra o grande chefe, “defensor dos fracos e oprimidos”. Essas milícias, aliás, têm características assemelhadas ao MST e vínculos estreitos com este e outros “movimentos sociais” brasileiros. A Venezuela hoje é um país dominado pelo caos, falido, desestruturado e entregue a um grupo político ditador, corrupto e sanguinário, e que mantém estreitas relações com Lula e seu séquito. Portanto, é preciso cuidado com esse discurso de defesa dos pobres e trabalhadores. A recuperação da economia e a manutenção da ordem democrática são essenciais para o futuro do trabalho. E os grandes inimigos, tanto de uma coisa quanto de outra, são os que hoje alardeiam serem seus maiores defensores. O grande sociólogo do século XIX, O Papa Leão XIII, já alertava para isso, quando o socialismo fervilhava pela Europa. É só olhar para as experiências do passado e do presente. Será que não dá para aprender, pelo menos uma vez, com a desgraça dos outros?