OPINIÃO: a Copa América é esportivamente redundante e supérflua
Competições de clubes são engrenagens fundamentais do futebol; seleções precisam ser repensadas
Tem sido forçada uma falsa simetria entre Copa América e competições de clubes. Ainda que se queira pensar que não haverá nenhum risco sanitário a mais, há outros fatores a considerar. A Copa América se tornou esportivamente redundante e supérflua. E economicamente, interessa a grupos menores e nos andares mais altos do poder.
Já as competições de clubes são alicerces esportivos e econômicos do futebol, das quais dependem muito mais pessoas. Dos jogadores de Série D e sem divisão, com trabalho intermitente e salários baixos, até funcionários de clubes de Série A. Trabalhadores que, em meio ao caos sanitário e sem condições de permanecer em casa sem auxílio emergencial decente, precisam se arriscar pelo sustento. Em alguma escala, isto inclui as competições continentais de clubes.
Além disso, a discussão pode e deve se estender às eliminatórias sul-americanas para a Copa do Mundo, com 18 maçantes e sonolentos jogos por seleção. O futebol de clubes já está sendo praticado sob uma espécie de “exceção”. O de seleções no formato atual não se justifica, ainda mais com a pandemia.
Mais da coluna em 08/06/2021
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