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OPINIÃO – Esquenta para eleições em ritmo lento e novos nomes

Por Thiago Facchini, jornalista Enquanto alguns municípios catarinenses possuem um cenário eleitoral mais claro, as movimentações políticas em Brusque caminham a passos lentos. A eleição fora de época na cidade em 2023 travou a corrida eleitoral de outubro de 2024. Até o momento, o único pré-candidato consolidado é o prefeito André Vechi (PL), que, sem […]

Por Thiago Facchini, jornalista

Enquanto alguns municípios catarinenses possuem um cenário eleitoral mais claro, as movimentações políticas em Brusque caminham a passos lentos. A eleição fora de época na cidade em 2023 travou a corrida eleitoral de outubro de 2024. Até o momento, o único pré-candidato consolidado é o prefeito André Vechi (PL), que, sem surpresa nenhuma, vai disputar a reeleição.

Outros três nomes podem concorrer nas eleições, mas não há um indicativo claro de que vão à disputa. O ex-prefeito Ciro Roza (PSD) tem a intenção de concorrer, conforme relatam pessoas ligadas a ele, mas Ciro não aparece claramente em uma rede social e se firma como pré-candidato da oposição.

O ex-procurador-geral Danilo Visconti, que na próxima semana se filiará ao Democracia Cristã, e o vereador Nik Imhof (MDB) também se colocam na disputa. No entanto, não está claro se irão concorrer a prefeito ou a vice. O PT, partido do ex-prefeito Paulo Eccel, que sempre indica um candidato à prefeitura, sequer se manifestou sobre o pleito majoritário.

Antes de o ex-prefeito Ari Vequi (MDB) e o ex-vice-prefeito Gilmar Doerner (sem partido) serem cassados no ano passado, estava mais nítido quem era pré-candidato nas eleições deste ano, mesmo com tanta antecedência naquela época.

As derrotas de Alessandro Simas (PP), Eccel e William Molina (MDB), candidatos a prefeito na eleição fora de época no ano passado, consequentemente os afastam da disputa deste ano. Simas, dono de 18,7 mil votos, talvez teria espaço, mas ele mesmo não demonstra interesse em concorrer novamente.

Municípios da região já anunciam pré-candidatos consolidados. Em Guabiruba, o PL fez um evento para anunciar o vereador Waldemiro Dalbosco como pré-candidato pela sigla. Em Botuverá, o ex-vereador Alex Tachini (PP) é o nome da oposição. Em Itajaí, é dada como certa a candidatura do deputado federal Carlos Chiodini (MDB) à prefeitura, que certamente terá o jovem vereador Osmar Teixeira (PSD) como um dos adversários.

O PSD de Balneário Camboriú reuniu lideranças pessedistas para firmar a filiação e a pré-candidatura da vereadora Juliana Pavan. Na cidade vizinha, Camboriú, o MDB realizou um evento para anunciar a filiação e pré-candidatura do vereador John Lenon Teodoro, que pode ter o ex-governador Leonel Pavan (PSD) como adversário. Enquanto partidos de outros municípios realizam grandes eventos e discutem até mesmo os candidatos a vice, em Brusque parece que tudo está na fase das conversas.

Neste ano, é possível observar um modesto movimento para incentivar novos nomes na política brusquense. Circula nos bastidores que aliados (ou agora ex-aliados) de Ciro Roza não querem mais que o ex-prefeito dispute o cargo, por avaliarem que ele não tem mais a mesma força que tinha anos atrás. Ciro comanda o PSD, com aval “dos grandes” do partido em Santa Catarina. Se ele quiser ser candidato, será.

João Martins (PSD), sobrinho do vereador Ivan Martins (Republicanos), é outro nome novo ligado ao grupo de Ciro que começa a engatinhar em uma carreira política. Ele, que é defensor do ex-prefeito, pretende concorrer ao cargo de vereador, já que Ivan não deve disputar a reeleição. Rick Zanata (PRD), Nik Imhof e outros também passam a figurar como opções para a prefeitura no futuro.

Uma das poucas constatações que é possível ser feita sobre as eleições de outubro de 2024 em Brusque é que, apesar do ritmo pré-eleitoral lento, uma nova geração na política começa a aparecer, em um movimento que teve início a partir da vitória de André Vechi e do vice-prefeito André Batisti, o Deco (PL), nas eleições do ano passado.