Semana passada, o movimento O Sul é o Meu País esteve em evidência, por conta uma falsa notícia, de que o Tribunal Regional Eleitoral (TRE), havia proibido o plebiscito consultivo que o Movimento pretende fazer no dia 2 de outubro, dia das eleições municipais. Foi esclarecido pela organização, que a notícia é falsa, e que não há notificação oficial feita pelo TRE até o momento.

A pergunta a ser feita pelos separatistas para os cidadãos dos três estados da região sul do Brasil é: “Você gostaria que Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul formassem um país independente?” Não vejo nenhum termo xenofóbico, homofóbico, racista ou nada do gênero nesta pergunta, nem mesmo em nenhum pronunciamento dos representantes legais deste movimento separatista. Já presenciei algumas palestras, entrevistei fundadores e nunca ouvi uma palavra se quer, que denigrisse a minha imagem como mulher, negra e baiana, ou qualquer palavra preconceituosa que atingisse qualquer outra pessoa.

É apenas uma consulta, uma pergunta. Se a maioria da população disser sim a separação dos três estados, é direito destas pessoas lutarem por seus ideais e se mostrarem insatisfeitas com a situação atual. Se não, cabe ao movimento acatar a resposta dos cidadãos, e lutar por outras formas de mudança. Estamos em uma democracia, somos livres para pedir, questionar e lutar pelo que acharmos melhor para as nossas próprias vidas. Não há imposição, apenas questionamentos.

A maioria das pessoas que se dizem contrárias as ações do movimento, nunca ouviu uma palestra, nem mesmo um artigo escrito pela organização separatista. Apenas leram alguma notícia na mídia, e acreditaram cegamente. Seria lindo um Brasil mais crítico, uma sociedade que ouve os dois lados antes de tirar suas conclusões.

Deixo, por fim, uma citação da segunda edição do livro O Sul é o meu País, do escritor Celso Deucher, “Não à violência. Não ao terrorismo. Não às discriminações”.

 

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Grazielle Guimarães – 19 anos – estudante de Jornalismo na UNIVALI